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“As ameaças que enfrentamos, da subida do nível do mar à acidificação, da sobrepesca à poluição exigem uma resposta corajosa, coordenada e solidária. Precisamos de agir em conjunto, com visão e responsabilidade partilhada”, afirmou o Chefe de Estado.

Na qualidade de Patrono da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, José Maria Neves sublinhou que a ciência deve estar no centro das políticas públicas sobre o oceano, mas alertou que só o conhecimento não é suficiente. Reforçou a importância do financiamento adequado, da transferência de tecnologia e do reforço de capacidades, especialmente para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID).

O Presidente destacou ainda o papel crucial dos oceanos na segurança alimentar, estabilidade económica global e saúde do planeta, sublinhando os esforços de Cabo Verde na implementação de uma agenda azul ambiciosa. Esta agenda inclui investimentos em conservação marinha, pesca sustentável, turismo ecológico e soluções baseadas na natureza, com foco na resiliência costeira.

José Maria Neves reiterou a necessidade de uma governação oceânica inclusiva, que envolva comunidades locais, povos indígenas e juventude, e defendeu a mobilização urgente de financiamento climático e azul, sensível às especificidades dos PEID.

O Chefe de Estado reafirmou o compromisso de Cabo Verde com o Tratado sobre a Biodiversidade Marinha em Áreas para Além da Jurisdição Nacional, manifestando a esperança de que a UNOC3 seja um ponto de viragem rumo a um multilateralismo mais inclusivo e eficaz.

A Conferência da ONU sobre o Oceano decorre até 13 de junho e reúne líderes globais com o objetivo de acelerar ações concretas para a proteção dos oceanos e a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14.

Nota da Redação 

Esta notícia foi produzida com a colaboração da estagiária Any Gomes.