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O setor mais afetado foi a indústria extrativa, que registou uma quebra significativa de 30,5% em termos homólogos. Esta contração contrasta com a indústria transformadora, que, apesar de também registar uma diminuição, limitou as perdas a 5,6%. Por outro lado, as indústrias de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio conseguiram manter-se praticamente estáveis com um ligeiro crescimento de 0,3%, enquanto o setor de captação, tratamento e distribuição de água recuou 3,1%.

Particularmente preocupante é a evolução do Índice de Volume de Negócios na Indústria (IVNI), que apresentou uma queda homóloga de 12,3% no primeiro trimestre. Esta diminuição reflete diretamente o impacto nas receitas das empresas industriais.

Curiosamente, enquanto a indústria extrativa viu o seu volume de produção cair drasticamente, o volume de negócios neste setor cresceu 9,8%. Em contrapartida, a indústria transformadora sofreu uma contração de 19,3% no volume de negócios, uma quebra ainda mais acentuada que a registada na produção.

Apesar das dificuldades produtivas e comerciais, o setor industrial apresentou sinais positivos no mercado de trabalho. O Índice de Emprego cresceu 3,3% em termos homólogos, sugerindo que as empresas mantiveram ou até aumentaram os seus quadros de pessoal durante este período.

As remunerações também registaram um aumento significativo de 6,0%, o que pode indicar uma valorização da mão-de-obra especializada ou ajustes salariais para fazer face à inflação. O Índice de Horas Trabalhadas teve um crescimento mais modesto de 1,2%.

O Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI) registou um aumento de 1,1% no primeiro trimestre, indicando uma pressão inflacionária moderada no setor industrial. Este aumento foi particularmente influenciado pela indústria transformadora e pelo setor de eletricidade.

Fonte: INE