Nos últimos anos, o surgimento de plataformas de streaming, redes sociais, inteligência artificial e novos modelos de distribuição digital alteraram profundamente as formas de criação, divulgação e remuneração artística.
Para os músicos cabo-verdianos, este cenário representa um potencial sem precedentes: nunca foi tão acessível fazer chegar uma morna a Lisboa, um funaná a Paris ou um afrobeat made in Cabo Verde a milhões de ouvintes no Brasil, ou na Nigéria. A globalização digital abre portas a novas audiências, parcerias inéditas e fontes alternativas de rendimento.
Para falar sobre este tema, CVMA convidou quatro especialistas reconhecidos nas áreas dos direitos musicais e da gestão digital. Miguel Carretas, diretor-geral da Audiogest (Portugal), traz uma vasta experiência na gestão de direitos conexos no ambiente digital, abordando os desafios, riscos e ameaças colocados pela inteligência artificial. Tozé Brito, administrador da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores (Portugal), partilhará a perspetiva dos autores face ao mundo digital.
Nhelas Spencer, presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música, apresentará os principais desafios locais neste domínio, enquanto Solange Cesarovna, cantora e vice-presidente da International Council of Music Creators e da Academia Africana de Música, contribuirá com uma perspetiva internacional sobre os direitos dos criadores e a justiça digital, com especial enfoque no continente africano.
O encontro, que terá lugar no auditório do Palácio da Cultura Ildo Lobo, no Plateau, visa identificar caminhos práticos para a proteção e valorização dos direitos dos criadores musicais no ambiente digital, debatendo tanto as oportunidades como os desafios desta nova realidade.
Dirigido a músicos, cantores e demais profissionais da música, agentes culturais e jornalistas, o workshop está também aberto ao público. A entrada é gratuita.
Nota da Redação
Esta notícia foi produzida com a colaboração da estagiária Any Gomes.
Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados.