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O serviço de Neonatologia do HAN, criado há 13 anos, atende anualmente cerca de 240 bebés prematuros. Segundo o comunicado do Ministério da Saúde, ao longo deste período, salvou 80,8% dos 3.001 prematuros registados, o que representa uma taxa de mortalidade de 19,1%. Até outubro deste ano, nasceram 47.750 crianças na unidade hospitalar.

Desde a independência do país, Cabo Verde registou avanços significativos na redução da mortalidade infantil. Se em 1975 morriam 108 crianças em cada mil nascimentos antes de completarem um ano de idade, atualmente esse número baixou para 10,8 por mil.

O neonatologista António Cruz explica que o hospital está capacitado para garantir a sobrevivência de bebés a partir das 25 semanas de gestação, sem sequelas. A unidade dispõe de ventiladores e incubadoras em número suficiente, além de uma equipa de cinco médicos com elevada capacidade técnica.

O principal desafio identificado pelo neonatologista centra-se agora na redução dos casos de prematuridade. Entre os fatores de risco apontados estão o consumo abusivo de álcool e drogas, hipertensão, gravidez precoce ou não controladas, gestações após os 40 anos, stress e questões socioeconómicas.

O médico apela a que todas as grávidas realizem pelo menos oito consultas pré-natais, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde, e que sejam reforçados os controlos de hipertensão e infeções que podem desencadear partos prematuros.

A prematuridade continua a ser uma das principais causas de mortalidade neonatal em todo o mundo. Anualmente, nascem 13,4 milhões de bebés prematuros a nível global, sendo que os casos mais críticos envolvem recém-nascidos com menos de 28 semanas de gestação e peso inferior a mil gramas.

As comemorações do Dia Mundial da Prematuridade decorreram sob o lema “Garanta aos prematuros começos saudáveis para futuros brilhantes” e visaram reconhecer os desafios enfrentados pelos bebés prematuros e suas famílias, valorizando o trabalho dos profissionais de saúde.