A taxa de ocupação-cama passou de 48% para 60%, refletindo uma melhor utilização da capacidade instalada. A estadia média aumentou para 4,9 noites, mas com diferenças marcantes: enquanto os residentes permaneceram apenas 2,5 noites, os visitantes estrangeiros atingiram 5,3 noites em média.
Os hotéis reforçaram a sua posição como principal tipo de alojamento, concentrando mais de 80% de hóspedes e dormidas. Já os aldeamentos turísticos registaram a taxa de ocupação mais elevada (98%), seguidos pelos hotéis-apartamentos (84%) e pelos hotéis tradicionais (61%), confirmando a preferência dos turistas por estruturas mais organizadas e de maior dimensão.
No plano geográfico, a ilha do Sal liderou a procura, acolhendo 56,9% dos hóspedes e 53,9% das dormidas. A Boa Vista ficou em segundo lugar, com 25,2% dos hóspedes e 37,8% das dormidas, e destacou-se pela maior taxa de ocupação do país (87%). Já Santiago ocupou a terceira posição, com 9,2% dos hóspedes, embora com menor peso no total de dormidas (4,1%).
A procura turística manteve-se essencialmente internacional, com os estrangeiros a representarem 95,6% dos hóspedes e 97,7% das dormidas. O Reino Unido consolidou-se como principal mercado emissor, responsável por 35,7% do total de estrangeiros e 38,9% das dormidas. Seguiram-se Portugal (15%), Alemanha (9,9%), França (9,5%), Bélgica/Holanda (6,9% e 6,6%) e Itália (3,6%), que em conjunto somaram cerca de 84% das dormidas internacionais.
Os resultados confirmam que o turismo cabo-verdiano está em clara trajetória de crescimento, sustentado pela procura europeia e pela forte concentração nas ilhas do Sal e Boa Vista. O aumento do número de hóspedes e o prolongamento das estadias reforçam a importância estratégica do setor para a economia nacional e consolidam Cabo Verde como um destino de referência no Atlântico.
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