Do lado da oferta, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) apresentou uma evolução homóloga positiva de 5,9%, impulsionado principalmente pelas atividades da Construção, que registou um crescimento notável de 23,2%, contribuindo com 0,7 pontos percentuais para a variação total do PIB.
O setor do turismo manteve-se como motor de crescimento, com o Alojamento e Restauração a registar uma expansão de 15,0%, contribuindo com 1,1 pontos percentuais para o crescimento do PIB. Os Transportes e armazenagem cresceram 7,9%, adicionando 0,9 pontos percentuais ao desempenho económico global.
A Agricultura também surpreendeu positivamente, com um aumento de 11,8%, contribuindo com 0,3 pontos percentuais para o crescimento económico.
Em contraponto, o setor do Comércio apresentou uma variação negativa de 3,4% no segundo trimestre, melhorando face à queda de 7,4% registada no trimestre anterior, mas ainda assim contribuindo negativamente em 0,4 pontos percentuais para a variação do PIB.
As Indústrias transformadoras mantiveram-se praticamente estagnadas, com uma variação negativa residual de 0,01%, após a queda de 3,2% no primeiro trimestre.
Do lado da despesa, o crescimento económico foi sustentado pelo aumento do investimento e do consumo público. O investimento registou uma variação homóloga positiva de 12,3%, acelerando face aos 6,1% do trimestre anterior.
O consumo público cresceu 5,2%, revertendo a contração de 1,3% do primeiro trimestre. Já o consumo privado apresentou um crescimento moderado de 2,7%.
As exportações de bens e serviços recuperaram no segundo trimestre, com um crescimento de 3,2%, depois da queda de 6,4% no trimestre anterior. Esta melhoria deveu-se sobretudo às exportações de serviços, que aumentaram 8,6%, compensando parcialmente a queda de 10,0% nas exportações de bens. As importações de bens e serviços registaram um ligeiro aumento de 0,2%, refletindo o crescimento da atividade económica interna.
Os impostos líquidos de subsídios sobre produtos apresentaram uma evolução homóloga positiva de 8,3%, contribuindo com 1,3 pontos percentuais para a variação total do PIB, o que reflete o aumento da atividade económica e da arrecadação fiscal.
Os dados do INE confirmam a trajetória de crescimento económico sustentado de Cabo Verde, com o PIB a registar taxas positivas consistentes desde a recuperação pós-pandemia, apoiado na diversificação da economia e na resiliência dos setores estratégicos como o turismo, a construção e os transportes.
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