Termina hoje, 16, na cidade da Praia, a reunião de alto nível dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da região do Atlântico, Oceano Índico e Mar do Sul da China (SIDS-AIS). Ontem, na sessão de abertura, o Primeiro Ministro de Cabo Verde desafiou os membros deste grupo a serem “reformistas, consistentes e perseverantes na ação cooperativa”.
Ulisses e Correia e Silva disse ser necessária a criação de mecanismo formal de coordenação entre os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS-AIS) e sublinhou a importância de uma voz unificada nas instâncias internacionais.
O encontro que o Chefe do Governo considera crucial para o futuro coletivo destes Estados, visa estabelecer um alinhamento político, diplomático e técnico entre os países, numa altura em que a região SIDS-AIS se prepara para assumir a presidência da Associação dos Pequenos Estados Insulares em 2027.
“Estes números podem transformar os SIDS em atores relevantes na arena internacional, se juntos, com uma só voz concertada, produzirmos efeitos em escala com capacidade de influência global”, destacou o governante, referindo-se aos 30% do oceano global que estes territórios representam e aos 38 Estados membros com direito a voto nas Nações Unidas.
No seu discurso, o Chefe do Governo cabo-verdiano identificou quatro prioridades estratégicas: o reforço da resiliência face às alterações climáticas, a proteção e valorização dos recursos marinhos, o financiamento da ação climática sem aumento da dívida pública e o desenvolvimento sustentável adaptado às especificidades insulares.
Neste contexto, Correia e Silva defendeu a ampla aceitação internacional do índice de vulnerabilidade multidimensional, considerando as particularidades dos países insulares, arquipelágicos e com população pequena.
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