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8 de Setembro, 2025
Cabo Verde recebeu cerca de 981 mil turistas em 2024, mais 11,8% do que em 2023, ultrapassando também os valores registados antes da pandemia, em 2019. O crescimento foi impulsionado sobretudo pelos mercados europeus, com destaque para o Reino Unido, e confirmou a recuperação sustentada do setor turístico no país, segundo os resultados do Inquérito aos Gastos e Satisfação dos Turistas (IGST), divulgados esta quarta-feira, 24, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o inquérito, 56,8% dos visitantes viajaram para Cabo Verde na época alta, enquanto 43,2% optaram pela época baixa. O Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, voltou a ser a principal porta de entrada de turistas, seguido do Aeroporto Internacional Aristides Pereira, na Boa Vista, tendência idêntica à observada no ano anterior.
O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor, responsável por 36,3% dos turistas internacionais, registando um aumento de 14,9% face a 2023 e de 25,8% em relação a 2019. A Alemanha ocupou o segundo lugar, com 11,5%, seguindo-se o conjunto Bélgica e Holanda, com 10,1%. Portugal manteve-se na quarta posição, representando 9,8% do total de visitantes.
Em termos de perfil, as mulheres representaram 58,1% dos turistas que visitaram o arquipélago em 2024. A idade média subiu para 45 anos, mais um ano do que em 2023, sendo o grupo etário dos 25 aos 34 anos o mais representativo. A maioria dos visitantes tinha ocupação profissional ativa (74,6%), seguindo-se os reformados, com 13,6%. Cerca de 94,9% dos turistas não eram cidadãos cabo-verdianos nem tinham ascendência cabo-verdiana.
As férias continuaram a ser o principal motivo de viagem, referido por 95,2% dos turistas. O estudo revela ainda que 87% dos visitantes viajaram em pacote turístico, dos quais 74,3% optaram pelo regime de tudo incluído. Apenas 12,8% viajaram em pacotes sem esta modalidade.
Relativamente à estadia, as ilhas do Sal e da Boa Vista concentraram a maioria das dormidas, com 59% e 36,6%, respetivamente, seguidas de Santiago, com 2,4%. A grande maioria dos turistas ficou alojada em hotéis (90,1%). A estadia média situou-se nos 8,7 dias, sendo ligeiramente superior entre os homens. Por país de residência, os turistas dos Estados Unidos destacaram-se com uma permanência média de 18,1 dias.
No que respeita aos gastos, os turistas despenderam sobretudo em alimentação e bebidas, alojamento e artesanato. O gasto médio diário foi de 9.014 escudos cabo-verdianos, com as mulheres a registarem, em média, despesas diárias superiores às dos homens. Os turistas residentes em Portugal apresentaram o maior gasto médio diário, enquanto os provenientes da Suécia registaram os valores mais baixos.
O inquérito conclui que a maioria dos turistas se mostrou satisfeita com os serviços prestados em Cabo Verde, sendo que mais de 92% recomendam o país como destino turístico e 82,2% manifestaram intenção de regressar numa futura oportunidade.
