
Os funcionários dos Registos, Notariado e Identificação Civil e Criminal iniciam hoje, 17, uma paralisação de três dias, após o fracasso das negociações com o Governo. A greve, que decorre até quarta-feira, foi convocada pela Associação Sindical dos Trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação Civil e Criminal (Astranic) devido ao incumprimento de compromissos assumidos pelo Ministério da Justiça.
O presidente da Astranic, Victor Veiga, confirmou à Inforpress que a reunião de conciliação realizada na quinta-feira passada, que juntou representantes sindicais, o Ministério da Justiça, a Direção-Geral dos Registos e a Direção-Geral do Trabalho, terminou sem qualquer entendimento.
O principal motivo da greve centra-se na não publicação das listas de promoções, previamente negociadas e orçamentadas com o Ministério da Justiça. “A greve vai, efetivamente, ocorrer”, declarou o dirigente sindical, que acusou o Governo de recusar cumprir os acordos estabelecidos.
Segundo Veiga, as reivindicações incluem ainda a valorização salarial das carreiras do setor, embora a publicação das promoções constitua a exigência mais premente. O responsável sindical sublinhou que muitas destas pendências remontam a duas ou três décadas, com trabalhadores prestes a reformar-se sem terem sido promovidos.
“Não vamos suspender a greve enquanto não houver um acordo concreto que inclua a publicação das listas de promoções”, frisou o presidente da Astranic, que classificou a paralisação como último recurso após meses de tentativas falhadas de diálogo.
O Plano de Cargos, Funções e Remuneração, aprovado em 2020, não constitui a reivindicação principal desta greve, esclareceu Veiga. O sindicato considera prioritário o cumprimento dos compromissos já assumidos sobre as promoções.
Durante os três dias de paralisação, os serviços mínimos serão assegurados, conforme acordado na reunião de conciliação. Caso a greve não produza resultados, o sindicato garante que manterá a pressão sobre o Executivo.
“O Governo não pode falhar connosco, pois ao falhar connosco, falha com os cidadãos”, concluiu Veiga, reafirmando que o objetivo passa por garantir melhores condições laborais e a valorização dos trabalhadores do setor.


















































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