O novo Terminal de Cruzeiros do Mindelo, em São Vicente, vai ser inaugurado oficialmente este sábado, 21. Prevê-se que a infraestrutura, que custou 3,6 milhões de contos, irá criar 110 postos de trabalho e duplicar as escalas de navios até 2030, separando pela primeira vez as operações turísticas das de carga. A cerimónia de inauguração será presidida pelo primeiro ministro, Ulisses Correia e Silva, na presença de altas entidades nacionais e internacionais.
O Relatório do Impacto Social e Económico prevê a criação de 110 postos de trabalho a longo prazo, tanto na fase de operação como na manutenção da infraestrutura. O terminal aumentará diretamente a produtividade local, gerando emprego desde a sua implementação até às fases subsequentes de funcionamento.
As oportunidades de trabalho estendem-se ao setor privado, beneficiando principalmente pequenas e médias empresas de cultura, entretenimento, artesanato, gastronomia, alojamento e transporte. Táxis, restauração, hotelaria, guias turísticos, operadores turísticos e organizadores de eventos terão novas perspetivas de negócio. Segundo o PCA da Enapor, a infraestrutura vai gerar receitas através de tarifas portuárias, incluindo taxa de passageiro e abastecimento de combustível, além das despesas de desembarque de passageiros e tripulação.
A infraestrutura custou 3,6 milhões de contos, financiados pelo Governo de Cabo Verde, pelo Fund for International Development (OPEC) e pelo fundo ORIO dos Países Baixos. Com o objetivo de posicionar Cabo Verde como destino de excelência no circuito internacional de cruzeiros, o presidente da Enapor, Ireneu Camacho, prevê um aumento de 40% de escalas de navios no Porto Grande e no Porto Novo até 2030, com duplicação do número de navios de cruzeiro nos próximos anos.
Separação de operações promete melhorar a experiência turística
A principal valência do terminal, nas palavras do presidente do conselho de administração da Enapor, é a separação das operações de embarque e desembarque de turistas de cruzeiros das operações portuárias de carga e descarga, cenário que antes se vivia no Porto Grande. Esta mudança “impactará significativamente na melhoria da experiência dos turistas, na segurança das operações e na reputação de São Vicente como destino turístico”, afirma Camacho.
O terminal possui o maior cais da ilha de São Vicente, com 400 metros de comprimento e 20 metros de largura, e profundidades entre os 11 metros do lado norte e 9,5 metros do lado sul. Permite a atracação simultânea de dois navios de cruzeiro até 350 metros, com capacidade total para 6.000 passageiros.
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