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Os recursos serão canalizados para a aquisição de bens alimentares nos mercados locais e para assegurar o fornecimento de água às populações afetadas pelo desastre natural. A verba do BAD vai permitir, segundo o documento, que as comunidades atingidas tenham acesso a abrigo, água potável, alimentos, assistência médica e outros bens de primeira necessidade. Paralelamente, o financiamento prevê a reabilitação de infraestruturas hídricas danificadas pela tempestade.

Entre as intervenções programadas constam reparações em 21 pontos de captação de água, bem como a recuperação de vários quilómetros de canais de irrigação, condutas e reservatórios. Estas estruturas servem tanto o abastecimento de água para consumo humano como as atividades agrícolas.

O apoio do BAD surge no âmbito do plano de intervenção de emergência apresentado pelo Governo cabo-verdiano, que tem um orçamento global de 45 milhões de euros. O Executivo anunciou há uma semana que este plano, com vigência até 2026, está financeiramente assegurado através da conjugação dos fundos de emergência nacionais, no montante de 17 milhões de euros, com as contribuições de parceiros internacionais.

As autoridades cabo-verdianas trabalham igualmente na elaboração de um programa de reconstrução com componente de resiliência climática, avaliado em 350 milhões de euros para uma década.

O Governo pretende que metade deste valor seja obtida junto da comunidade internacional, recorrendo a instrumentos como doações, empréstimos concessionais, garantias multilaterais ou mecanismos de conversão de dívida em fundos climáticos, numa estratégia que visa preservar o equilíbrio macroeconómico e a estabilidade da moeda nacional.