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Conforme o comunicado do Governo, a equipa multidisciplinar integra membros das áreas de Infraestruturas, Inclusão e Proteção Social e Saúde, para assegurar uma abordagem abrangente na gestão da emergência. O Gabinete vai também garantir apoio psicológico às famílias traumatizadas pela tragédia.

A criação do Gabinete de Crise surge como resposta à necessidade de repor as condições de vida, mobilidade e acessibilidade das populações afetadas, bem como de implementar medidas preventivas e de resposta coordenadas.

Estão já em curso levantamentos detalhados para garantir que as pessoas afetadas tenham acesso a bens essenciais como água e alimentação. O Gabinete irá trabalhar também para criar condições que permitam o regresso às aulas quando o ano letivo iniciar. Para financiar as operações de emergência e reconstrução, está a ser mobilizado o Fundo Nacional de Emergência, assim como o apoio do Banco Mundial e de outros parceiros internacionais, conforme anunciado pelo Governo.

A forte tempestade que se abateu sobre São Vicente, na madrugada de segunda-feira, provocou um cenário de grande destruição. A intensa precipitação, registada num curto espaço de tempo, causou enxurradas, inundações, derrocadas e deslizamentos de terras.

Os fenómenos meteorológicos extremos destruíram habitações, estabelecimentos comerciais, património privado, estradas, redes de água e saneamento, canais de drenagem e outras infraestruturas essenciais. Muitas famílias ficaram desalojadas e em situação de extrema vulnerabilidade.

Até ao momento, foram contabilizados oito mortos, e outras pessoas continuam desaparecidas em São Vicente.

O Governo decretou o Estado de Calamidade em São Vicente e Santo Antão, reconhecendo que a gravidade da situação exige intervenções urgentes que ultrapassam a capacidade de ação dos municípios. O executivo afirmou ainda que o momento exige união e ação rápida para proteger vidas e restaurar a normalidade nas comunidades devastadas pelas chuvas.