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As duas infraestruturas foram apontadas como estratégicas para ligar o porto ao aeroporto com maior rapidez e segurança, reforçar a coesão territorial e criar oportunidades económicas através do comércio e do turismo. O autarca considerou o transporte “a espinha dorsal” de qualquer território que pretenda crescer de forma sustentável.

O plano prevê ainda a construção de uma marina no Tarrafal, localidade que recebe habitualmente veleiros e embarcações de pesca desportiva e recreio, segundo referiu o presidente da autarquia.

Na área do turismo, o documento aposta em investimentos em acessibilidades, infraestruturas e promoção para atrair mais visitantes e combater o despovoamento da ilha. O autarca sublinhou que o setor pode gerar mais rendimento para as famílias e criar oportunidades para os jovens.

O desenvolvimento económico de São Nicolau passa também pela valorização das atividades tradicionais, com destaque para a pesca, a agricultura e a pecuária. Neste âmbito, foi anunciada a criação de uma delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente no Tarrafal, descrita como “fundamental” para aproximar os serviços públicos da população.

O plano inclui ainda um centro pós-colheita junto ao porto, o desenvolvimento da aquacultura no município e a criação de uma escola ou centro de formação profissional na cidade, onde reside a maioria dos jovens da ilha.

O presidente da câmara referiu que o documento representa “um compromisso com cada munícipe” e apelou ao envolvimento do setor público, do setor privado, dos parceiros de desenvolvimento, das comunidades e da diáspora na construção de um futuro com mais oportunidades.

A apresentação do Plano de Desenvolvimento Regional no âmbito da discussão sobre a regionalização e a descentralização, processo que o autarca considera essencial para aumentar a autonomia e a capacidade de decisão local, bem como para atrair investimento privado que dinamize a economia e fixe população na ilha.