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“Queremos serenidade e esperamos que se faça justiça”, apelou Jorge Cardoso, que defende que os salários dos professores devem ser contemplados em pé de igualdade.

O dirigente sindical disse que a lista definitiva do Plano de Carreira, Funções e Remunerações (PCFR) mantém “erros graves” e continua com o cabeçalho de “lista provisória” e cria desigualdades entre os docentes. Jorge Cardoso acusa o Governo de tratar “uns como filhos de dentro e outros como filhos de fora”, e critica a falta de uniformidade na aplicação dos critérios de progressão na carreira.

A estrutura sindical contesta a implementação das promoções previstas no Estatuto da Carreira Docente de 2015, alegando que não foram respeitadas as regras estabelecidas. O Sindep aponta ainda que o reajuste salarial de 16% prometido pelo executivo “foi uma falácia”, uma vez que a maioria dos professores não beneficiou deste aumento.

Entre as irregularidades denunciadas, destaca-se a situação de docentes que viram as suas progressões publicadas tardiamente, e foram ultrapassados por colegas com menos tempo de serviço. Jorge Cardoso pontua também o tratamento dado aos professores sem licenciatura, que considera terem sido “completamente desconsiderados” pelo Ministério da Educação, apesar dos anos de serviço prestado.

Jorge Cardoso garante que o sindicato manterá o apoio aos docentes e avisa: “Querem travar uma luta? Vamos travar a luta porque o Ministério da Educação, o Governo, não pode continuar a gozar com a classe docente”.