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O protocolo com a Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente (LIGOC-SV) foi assinado na sexta-feira, 31 de outubro, e a primeira tranche do financiamento já está disponível para os grupos carnavalescos. Em comunicado publicado na página oficial do MCIC, ficou acordado que o Carnaval vai acontecer em 2026, cumprindo o compromisso do Governo de transferir, com meses de antecedência, metade da verba destinada à organização da festa.

“Compromisso cumprido! Um passo firme para garantir uma preparação atempada e um Carnaval ainda mais vibrante”, destacou o MCIC, sublinhando que a garantia feita anteriormente, de que até o final do mês de outubro os grupos de carnaval de São Vicente já teriam disponível a primeira parte do financiamento para a Festa do Rei Momo de 2026, foi cumprida.

O financiamento do Carnaval é atribuído através do Fundo do Turismo, reforçando o reconhecimento desta manifestação cultural como importante ativo turístico nacional. A confirmação e a disponibilização antecipada dos recursos assumem especial significado após São Vicente ter passado, recentemente, pela tempestade Erin, que provocou vários danos, inclusive perdas humanas e prejuízos materiais em alguns grupos carnavalescos.

“Neste momento de renascimento e de trabalho, o Carnaval, uma das maiores manifestações culturais da ilha e um enorme atrativo turístico-cultural e que também movimenta a economia da ilha merecia um sinal mais do que positivo”, refere o comunicado do MCIC. Assim,  mesmo após as duras consequências da tempestade Erin, o espírito de reconstrução e celebração mantém-se firme. As equipas já estão a trabalhar para garantir que São Vicente volte a vibrar com a sua maior festa cultural no emblemático Sambódromo em 2026.

Durante a reunião com os membros da LIGOC-SV, ficou reafirmado que o Carnaval vai acontecer e com “força renovada”. Mais do que uma manifestação artística, o Carnaval mindelense é um grande atrativo turístico e cultural que, todos os anos, mobiliza milhares de pessoas, entre turistas nacionais, da diáspora e estrangeiros, tornando-se um dos maiores motores da economia criativa do país.

A festa tem um forte impacto na economia local, dinamizando diversos setores, desde o imobiliário e a hotelaria até à restauração e ao comércio. Além disso, impulsiona a indústria criativa, envolvendo carnavalescos, costureiras, músicos, figurantes e muitos outros profissionais que encontram nesta celebração uma importante oportunidade de trabalho e valorização cultural.

O Governo de Cabo Verde, através do MCIC, aumentou em 20% o financiamento do Carnaval para 2026, reforçando o apoio aos grupos e dando resposta a uma reivindicação antiga. Uma medida que traz alívio e motivação aos grupos, agora com garantias financeiras antecipadas que permitirão uma preparação adequada e atempada para o grande evento.

Com o protocolo assinado, a primeira parte do financiamento já disponível e o aumento de 20% na verba total, São Vicente prepara-se para oferecer, mais uma vez, um Carnaval à altura da sua tradição e do seu estatuto como uma das maiores festas culturais de Cabo Verde.