
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, apresentou hoje, 21, um conjunto de medidas de proteção económica e reconstrução de infraestruturas para responder aos impactos das chuvas torrenciais que atingiram Santiago Norte nos dias 13 e 14 de novembro.
As intempéries afetaram particularmente os concelhos de Tarrafal, São Miguel, Santa Cruz, Santa Catarina e áreas limítrofes de São Salvador do Mundo, provocando uma morte, destruição de habitações e infraestruturas e elevadas perdas na agricultura e pecuária.
Em comunicação ao país, o chefe do Governo detalhou um plano de resposta que inclui o pagamento de um Rendimento Solidário de Emergência de 30 mil escudos mensais durante três meses às famílias afetadas, subvenções a fundo perdido para a retoma das atividades agrícolas e pecuárias, e bonificação de juros com garantias do Estado para facilitar o acesso ao financiamento. Foram também aprovadas medidas fiscais e de segurança social aplicáveis a empresas de todas as dimensões, com o objetivo de aliviar encargos e garantir maior resiliência económica.
O Governo avança com um Programa de Investimentos voltado para a reabilitação e reconstrução das infraestruturas danificadas pelas fortes enxurradas, enchentes, derrocadas e deslizamentos de terra. A avaliação preliminar aponta para elevados prejuízos em estradas, sistemas de drenagem, redes de saneamento e água, praias, edifícios públicos, terrenos de produção agrícola e infraestruturas agropecuárias. O financiamento será assegurado pelos recursos do Fundo Nacional de Emergência e do Fundo Soberano de Emergência, para além da contribuição de parceiros internacionais.
O primeiro-ministro alertou que estes eventos, ocorridos em novembro, um mês que normalmente não regista precipitação, demonstram um aumento da frequência de fenómenos meteorológicos extremos relacionados com as alterações climáticas. No espaço de três meses, após a tempestade que afetou São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, Cabo Verde enfrenta novamente uma situação de calamidade. O chefe do Governo dirigiu um apelo aos parceiros de desenvolvimento, sublinhando a necessidade de priorizar as ações de mitigação e adaptação às alterações climáticas, e garantiu que o executivo continuará no terreno para reconstruir Santiago Norte.
A coordenação política da execução e avaliação das medidas é assegurada por um gabinete presidido pelo primeiro-ministro, tendo o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros sido designado como entidade articuladora com organizações da sociedade civil, empresas e instituições no país e na diáspora.












































