
O Observatório Nacional do Tráfico de Pessoas (ONTP) iniciou uma missão estratégica na ilha do Sal para reforçar a articulação entre instituições, avaliar fatores de vulnerabilidade e promover ações de prevenção contra o tráfico de pessoas na ilha turística. A iniciativa, liderada pelo presidente interino José Luís Vaz até 31 de outubro, pretende aproximar as políticas de combate ao crime à realidade local.
A missão de quatro dias pretende fomentar sinergias locais e promover uma cultura de prevenção e proteção partilhada por todos os setores da sociedade salense. O ponto alto da visita realizou-se na manha de hoje, nos Paços do Concelho, onde José Luís Vaz se reuniu com o presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes.
O encontro consolidou o compromisso municipal na prevenção e resposta ao tráfico de pessoas, além de explorar futuras formas de cooperação com a autarquia, reconhecida como ator de primeira linha no combate ao crime.
José Luís Vaz sublinhou a posição estratégica da ilha, cuja dinâmica turística, embora fundamental para o PIB nacional, atrai potenciais criminosos. “Não há um estudo ainda concreto, estamos a pensar exatamente nisso. Esta missão tem o propósito de fazer um diagnóstico”, explicou. Os contatos com entidades públicas e privadas permitirão traçar um retrato da realidade do tráfico na ilha.
A equipa do ONTP levará a sua atuação às comunidades e às escolas. No âmbito do projeto “Juntos contra o tráfico de pessoas – educação, prevenção e proteção nas escolas”, realizar-se-ão palestras de sensibilização nas escolas secundárias de Santa Maria e dos Espargos. Os alunos serão alertados sobre os riscos e as formas de proteção contra o tráfico e a exploração.
Além das escolas, a equipa promoverá encontros comunitários na Palmeira e Terra Boa para estabelecer contato direto com associações e residentes.
José Luís Vaz enfatizou que, apesar de o tráfico ser um crime complexo de provar, é fundamental agir preventivamente. Alertou que comportamentos sexuais inadequados ou desviantes podem criar situações de vulnerabilidade e servir de porta de entrada para o tráfico. “A prevenção é a chave para a proteção”, afirmou.













































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