
A ilha de Santo Antão passou a contar com a sua maior fonte de energia renovável, após a inauguração da Central Solar Fotovoltaica na Cidade do Porto Novo, esta quinta-feira, 18 de dezembro. A infraestrutura, com capacidade instalada de 1,2 megawatts, eleva a penetração de energia limpa na ilha para valores superiores a 25 por cento.
A cerimónia foi presidida pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, que sublinhou o impacto da nova central na redução da dependência dos combustíveis fósseis. A poupança anual prevista ronda os 40 mil contos em gasóleo e outros derivados de petróleo.
“Cada quilowatt-hora aqui produzido contribuirá diretamente para as metas nacionais de ultrapassar 30 por cento de penetração renovável em 2026 e ultrapassar 50 por cento em 2030, reforçando em simultâneo a independência energética na ilha e no país”, declarou o governante.
A instalação recebeu financiamento do Banco Mundial, num investimento próximo de 120 mil contos, através do projeto Energias Renováveis e Melhoria de Eficiência Energética nos Serviços Públicos, gerido pela Unidade de Gestão de Projetos Especiais.
Está ainda prevista a entrada em funcionamento de uma bateria de armazenamento com capacidade de dois megawatts, que permitirá disponibilizar energia solar durante o período noturno. O sistema reforçará a estabilidade da rede elétrica e garantirá maior continuidade no abastecimento à população.
O projeto faz parte de um plano mais abrangente que contempla a instalação de centrais solares e sistemas de armazenamento nas ilhas de Santo Antão, Maio, Fogo e São Nicolau. Quando concluído, o programa elevará a capacidade instalada de energia renovável em Cabo Verde para 150 megawatts.
Alexandre Monteiro referiu ainda outras obras em fase final no concelho do Porto Novo, designadamente a Central de Monte Trigo, orçada em 72 mil contos, e a substituição das micro-redes de Chã de Feijóal e Chã Cruz, com investimento estimado em 70 mil contos. As intervenções visam melhorar a fiabilidade do fornecimento eléctrico às comunidades locais.












































