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A nova infraestrutura surge numa altura em que o arquipélago regista números recordes no turismo, com 1,2 milhões de visitantes em 2024. Este volume crescente de turistas representa uma oportunidade de ouro para os produtores locais, que agora dispõem de um centro equipado para garantir a qualidade e apresentação dos seus produtos.

“A palavra mais forte aqui é valorização”, afirma o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva durante a inauguração, sublinhando que o objetivo passa por “colocar a marca de Santo Antão com qualidade no mercado” e aumentar a quota de produtos nacionais consumidos pelos turistas.

A infraestrutura oferece condições modernas para limpeza, embalagem e conservação dos produtos, processos que até agora limitavam o acesso dos agricultores aos mercados mais exigentes. Além de reduzir custos logísticos, o centro cria condições para competir com produtos importados, segundo o chefe do Governo. A aposta complementa outras medidas já implementadas na ilha, como sistemas de rega gota-a-gota, estufas e utilização de energias renováveis.

Na ocasião, o primeiro-ministro identificou a agricultura, pesca, turismo e indústrias criativas como sectores estratégicos, mas reconheceu que há muito feito e muito por fazer. Correia e Silva garantiu ainda que o projeto do aeroporto de Santo Antão será “totalmente concebido este ano” para avançar para a fase de construção, e que a estratégia governamental passa por atrair investimento privado, aproveitando infraestruturas como o Porto de Porto Novo, cuja modernização está em curso. O chefe do governo enfatiza que o objetivo final é construir “uma agricultura mais moderna, mais resiliente e mais competitiva” que valorize a produção nacional e crie mais oportunidades para as comunidades rurais de Santo Antão.