Quarta-feira, 04 Junho 2025

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Rede de Ação Kriola nasce do Fórum Mulher para fortalecer a igualdade de género em Cabo Verde

O Primeiro Fórum Mulher e os Desafios do Desenvolvimento terminou ontem, 30, deixando um legado memorável a criação da Rede Nacional de Organizações de Defesa dos Direitos das Mulheres e Igualdade de Género, abreviadamente Rede de Ação Kriola. A assinatura da carta compromisso, sob a égide do Sistema das Nações Unidas, União Europeia e do ICIEG, aconteceu também ontem, horas antes do encerramento do evento.

Através da carta compromisso, as organizações da sociedade civil cabo-verdiana que organizaram o Fórum Mulher, mais a Ecoturismo e a ativista social da Diáspora Lurdes Semedo,  formalizaram a sua “determinação coletiva em trabalhar em rede, de forma coordenada e estratégica, para a construção de um país mais justo, inclusivo e livre de discriminação e da violência baseada no género”, reconhecendo “a urgência de criar novas oportunidades de avanço para a igualdade de género, reconhecendo também o desafio de evitar recuos que ameaçam os direitos já conquistados pelas mulheres em Cabo Verde e no mundo”.

Para as signatárias deste compromisso “Cabo Verde apresenta oportunidades significativas para consolidar e ampliar os direitos das mulheres e avançar de forma decisiva na promoção da igualdade de género. O país dispõe de um ambiente político e social favorável, com legislação, instrumentos institucionais e políticas públicas que oferecem uma base sólida para transformar compromissos em ações concretas”.

Reconhecem também no documento assinado que ainda é preciso “assegurar a participação plena e efetiva das mulheres em todos os espaços de decisão, sejam eles políticos, económicos ou sociais, mas, no atual contexto global observa-se recuos em relação a direitos fundamentais, daí que as subscritoras da carta se comprometem a continuar a luta. “Reafirmamos que não aceitaremos nenhum passo atrás e mantemos firme o princípio do não retrocesso”.

“Este é um momento decisivo para proteger e valorizar os direitos já alcançados e, sobretudo, para avançar na igualdade e equidade de género que beneficia tanto as mulheres como os homens. É imperativo que não se perca de vista a trajetória construída e que o compromisso com a igualdade de género e direitos das mulheres sejam reafirmados como um eixo central de desenvolvimento sustentável nacional”, lê-se no documento.

Assim, todas e cada uma compromete-se a, entre outras ações, “promover a ação coletiva e coordenada, comprometendo-nos a criar a Rede Nacional de Organizações de Defesa dos Direitos das Mulheres e Igualdade de Género e promover espaços de troca de experiências, boas práticas e estratégias comuns”, bem como “defender e promover a implementação integral dos nossos marcos legais e políticas públicas que assegurem a igualdade de género, garantindo que os direitos das mulheres sejam respeitados, protegidos e promovidos em todas as esferas da vida social (privada e pública), política e económica”.

Ademais, as integrantes da novel Rede de Ação Kriola dizem-se comprometidas em avançar com convicção, de consolidar alianças e de assegurar que a igualdade de género e os direitos das mulheres em Cabo Verde não sejam apenas uma aspiração, mas uma realidade concreta, vivida e irreversível. “Nosso Compromisso: Nenhum Passo Atrás”, declaram as signatárias da carta compromisso, que dizem também contar com o apoio de “outras entidades comprometidas com a promoção da igualdade de género e dos direitos das mulheres a unirem-se a este esforço coletivo, reforçando a nossa capacidade de ação e impacto”.

Assinaram a carta de compromisso todas as organizações promotoras do Fórum Mulher – Associação das Mulheres Democratas, Associação de Mulheres Empresarias e Profissionais de Cabo Verde, Associação de Mulheres Empresárias de Cabo Verde e Diáspora, A Associação Cabo-verdiana de Mulheres Juristas, Centro de Investigação e Formação em Género e Família da Universidade de Cabo Verde, Federação Nacional das Mulheres do PAICV, Morabi, Organização das Mulheres de Cabo Verde, Rede de Mulheres Parlamentares Cabo-Verdianas, Associação Cabo-verdiana para a Proteção da Família, Renascença Africana – Associação das Mulheres da África Ocidental, jornal Voz do Archipelago, EME – Marketing e Eventos – e ainda a o ECOFEMINISMO e Lurdes Semedo.

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