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Os representantes cabo-verdianos são Ângela Sofia Benoliel Coutinho (Instituto Português de Relações Internacionais – Universidade Nova de Lisboa), Abel Djassi Amado (Simmons University, EUA), João Resende-Santos (Bentley University, EUA) e Manuel Brito-Semedo (Universidade de Cabo Verde). Três pertencem à diáspora académica, enquanto Brito-Semedo, professor aposentado da Uni-CV e residente em Cabo Verde, é o único a intervir a partir da experiência vivida no país.

Participações cabo-verdianas em destaque

Manuel Brito-Semedo, antropólogo, professor, ensaísta e cronista, apresentará no sábado, 25 de Outubro, a conferência “Cabo Verde: Entre Ilhas e Destinos – Insularidade, Crioulidade e Comunidades Atlânticas”, no Painel V dedicado às Trajectórias de Democratização nos PALOP. A sua intervenção destacará a insularidade como abertura ao mundo, a crioulidade como identidade partilhada e a diáspora como “décima primeira ilha”.

João Resende-Santos, da Bentley University, participará no Painel III sobre “A Guerra Fria — Particularidades Africanas Lusófonas”, com a comunicação “A Política dos EUA e a Descolonização em África Portuguesa: o caso de Cabo Verde”.

Ângela Sofia Benoliel Coutinho integrará a mesa-redonda principal do primeiro dia, moderada por Abel Djassi Amado, David Glovsky e Lilly Havstad, ao lado de Henda Ducados e Benedito Machava.

Abel Djassi Amado, da Simmons University, terá um papel central como moderador de dois painéis: a mesa-redonda principal do dia 24 e os painéis IV e V do dia 25, dedicados à “Libertação, Arte e Pós-colónia” e às “Trajectórias de Democratização nos PALOP”.

Cabo Verde no debate académico mundial

O simpósio contará ainda com duas comunicações adicionais centradas em Cabo Verde: Aurore Iradukunda (SOAS University of London) apresentará “A Luta Esquecida: clandestinidade, memória e produção do silêncio nas narrativas da libertação de Cabo Verde”, enquanto Danielle Porter Sanchez (Colorado College) abordará “Poesia, Graffiti e a Vergonha do Repolho: crítica ao passado e imaginação do futuro em Cabo Verde durante a guerra”. Olukunle P. Owolabi (Villanova University) discutirá “As Surpreendentes Raízes Históricas do Desenvolvimento Democrático de Cabo Verde”, e Aleida Mendes Borges (King’s College London) analisará “Reivindicar o Político: inovações de cidadania lideradas por jovens em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe”.

A presença de Brito-Semedo leva também o nome da Universidade de Cabo Verde a este fórum de alcance internacional, que conta com a participação de instituições de referência como Harvard, Yale, Princeton, Johns Hopkins, Emory, Bowdoin e SUNY Buffalo.

O evento, financiado pelo Provostial Fund for Arts and Humanities da Harvard University, abre no dia 24 com a sessão plenária “África e a Educação para a Democracia Global”, seguida de debates sobre Políticas da Memória na Pós-colónia e Escritores, Escrita e a Desconstrução da Ordem Colonial.

Nos dias 24 e 25 de Outubro, em Harvard, o nome de Cabo Verde – e com ele o da Universidade de Cabo Verde – estará presente no plano académico mundial.