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A iniciativa é promovida pela Embaixada de Espanha em Cabo Verde, em parceria com a Direção Nacional da Polícia Judiciária (PJ) e o Centro de Formação da Polícia Judiciária (CFPJ). A formação reúne agentes da PJ, da Polícia Nacional e técnicos do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses.

A formação, que termina na sexta-feira, 14 de novembro, inclui módulos teóricos e práticos sobre identificação de vítimas, investigação criminal e mecanismos de cooperação transnacional.

Durante a cerimónia de abertura, o diretor da PJ, Manuel da Lomba, destacou a relevância da ação para o reforço das capacidades nacionais no combate a este tipo de criminalidade. “A Espanha é uma parceira de longa data da PJ e com quem temos uma cooperação muito forte”, afirmou.

O responsável classificou a formação como “essencial”, argumentando que “o tráfico de pessoas é um crime com forte dimensão transnacional e que exige conhecimento técnico e sensibilidade na abordagem às vítimas”. Manuel da Lomba sublinhou ainda que a posição geográfica de Cabo Verde exige atenção redobrada.

“O tráfico de pessoas vitimiza não apenas as pessoas exploradas, mas também o próprio Estado. É, por isso, fundamental reforçar a formação, dotando os profissionais de respostas e capacidades que permitam enfrentar melhor este crime”, defendeu.

Por sua vez, o inspetor-chefe espanhol David Morezzat, um dos formadores, reforçou a importância da cooperação internacional no combate ao fenómeno e salientou que esta formação permitirá estreitar os laços entre as forças policiais dos dois países.

No que tange à pertinência do tema, o diretor do CFPJ, Agostinho Semedo, destacou que, devido à sua localização geoestratégica, Cabo Verde tem sido utilizado como rota de passagem por redes de tráfico internacional. Daí, Agostinho Semedo apelou aos participantes para aproveitarem ao máximo os conteúdos.