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De acordo com o empresário, a ARME está atualmente a recolher dados referentes aos anos de 2024 e 2025, com o objetivo de definir os novos valores das tarifas. “Estamos na fase de enviar os dados à ARME, que com base nisso irá apresentar os novos valores das tarifas, tanto para bilhete avulso como para passes”, explicou Duarte.

Henrique Duarte salientou que os bilhetes de autocarro não sofrem alterações há mais de dez anos, mantendo-se o preço nos 43 escudos. “Tudo tem vindo a aumentar nos últimos anos e, de facto, os bilhetes não aumentam. Se comprasse um bilhete há dez anos, pagaria o mesmo valor”, afirmou, acrescentando que uma eventual descida de tarifas seria “um mau sinal para a empresa e pior para os trabalhadores”.

O empresário reagiu ainda às declarações do SIACSA, sindicato que desencadeou uma greve reivindicando um aumento salarial de 40 mil escudos, Duarte refutou as acusações, considerando infundadas as informações do sindicato.

Questionado sobre a política salarial, o proprietário da Sol Atlântico revelou que o salário mínimo na empresa é de 34 mil escudos, composto por 30 mil escudos de base e 4 mil de subsídio. “Nenhum trabalhador ganha menos de 34 mil escudos. Temos funcionários a receber 40, 45 e até 50 mil escudos, conforme a carreira e o tempo de serviço”, afirmou.

Sobre a saída de trabalhadores, Duarte reconheceu que a empresa enfrenta o mesmo problema que outros setores em Cabo Verde, como a hotelaria e a construção civil, mas rejeitou que o principal motivo seja o salário. “Não creio que seja apenas por razões salariais”, sublinhou.

A decisão final sobre as novas tarifas será anunciada pela ARM no início de 2026, e poderá ter impacto direto na revisão da política salarial da empresa, dependendo da atualização dos preços dos bilhetes.