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O responsável pela organização desta iniciativa, Luiz Nunes, afirma que a feira registou grande adesão da população local, gerando impacto positivo na saúde pública. “Atendemos quase mil pessoas por dia, e hoje vai ultrapassar esse número. As pessoas chegam às 5horas da manhã para conseguir vaga. Atendemos com enorme prazer e estamos satisfeitos por poder trazer alento àqueles que necessitam”, declarou Nunes. 

A ideia, disse ainda o mentor desta iniciativa de saúde, é alargar o projeto a outras zonas da capital do país, recebendo sempre um atendimento clínico humanizado. “Estão nesta feira pessoas que há muito tempo esperam pelo atendimento do hospital público, e cuidamos delas com carinho e amor”, afirma Luiz Nunes. 

Em entrevista à Record Cabo Verde, Maria Varela, que foi atendida pela missão médica norte-americana, relatou que aguarda há dois anos por uma consulta de oftalmologia no hospital público da cidade da Praia.  “Sofro de problemas de visão, tensão alta e diabetes. O médico disse-me para marcar uma consulta de oftalmologia, marquei no Hospital Universitário Agostinho Neto, mas até agora não consegui. Chegando aqui na feira, já recebi atendimento, já estou a utilizar óculos e sinto-me melhor”, testemunhou.

Ágada Pires, outra cidadã atendida na feira, lamenta as condições de saúde do país, e classifica a iniciativa como “uma bênção”, principalmente para aqueles que têm menos condições financeiras”. Clementina Gonçalves, também beneficiada pela feira de saúde, exalta o tratamento e a qualidade de atendimento médico dos profissionais.

“Atendem-nos com toda a atenção e carinho, estes são os primeiros medicamentos que nos dão, afeto. Fazem uma análise completa que nos faz sentir bem. Assim como recebemos este tratamento, queremos que voltem sempre e beneficiem outras localidades que também precisam de apoio”, declarou