O primeiro-ministro de Cabo Verde anunciou, durante a sua deslocação aos Estados Unidos da América, o compromisso do Governo em intensificar uma ampla campanha de sensibilização com o objetivo de retirar o país da lista restritiva para a atribuição de vistos norte-americanos.
Ulisses Correia e Silva expressou esta preocupação no sábado, em Massachusetts, durante a visita à comunidade cabo-verdiana residente nos EUA, no âmbito das celebrações do 50.º aniversário da independência nacional, apelando à colaboração de todos os cidadãos por se tratar da “reputação do Estado cabo-verdiano”.
“O Governo assume o compromisso de realizar uma grande campanha de informação, divulgação e sensibilização para o cumprimento da legislação americana no que respeita à questão dos vistos”, declarou o chefe do executivo.
O primeiro-ministro solicitou aos cabo-verdianos residentes na América e aos americanos de origem cabo-verdiana que sensibilizem todos aqueles que pretendem viajar a partir de Cabo Verde, esclarecendo que o incumprimento da duração dos vistos acarreta consequências graves.
Apelou também às associações cabo-verdianas nos Estados Unidos para que unam esforços numa pedagogia positiva, com vista a “garantir que Cabo Verde continue a ser um país com liberdade de circulação para os EUA”.
“Não se trata apenas de um problema para quem vem para os Estados Unidos, mas sim de um problema que afecta a reputação e a imagem de Cabo Verde”, alertou.
Os cidadãos cabo-verdianos poderão vir a ser impedidos de entrar no território norte-americano, de acordo com uma lista de 36 países aos quais o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende aplicar restrições de entrada.
Celebração da Diáspora em Rhode Island
Já no estado de Rhode Island, durante o Jantar de Gala organizado pelo Cape Verdean Heritage Subcommittee, o primeiro-ministro afirmou que “foi uma noite de reencontro com a nossa história, marcada pela resistência, superação e conquistas”.
“Recordámos que fomos colónia durante quinhentos anos, conquistámos a independência em 1975 e a democracia em 1991. Hoje, Cabo Verde é uma democracia respeitada e um país classificado como de Rendimento Médio Alto – uma conquista alcançada por poucos países africanos”, sublinhou.
Destacou ainda que se celebra também a força da diáspora cabo-verdiana, parte integrante da Nação e que contribui em múltiplas áreas, nomeadamente na ciência, cultura, economia, desporto e inovação.
“Partilhei a visão de futuro: um país com mais oportunidades para os jovens, uma economia mais diversificada, um Estado moderno e digital, e uma diáspora cada vez mais envolvida. Celebrar cinquenta anos de independência é reafirmar a nossa união e confiança no futuro. Viva Cabo Verde”, concluiu o governante.
Fonte: Inforpress
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