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A Polícia Judiciária informou que, nas últimas semanas, têm vindo a ser partilhados conteúdos audiovisuais manipulados em várias plataformas digitais. Segundo a instituição, estes vídeos reproduzem de forma convincente a imagem e a voz de figuras públicas, recorrendo a métodos de edição que criam entrevistas, reportagens e declarações nunca realizadas.

A investigação em curso apurou que os responsáveis pelo esquema utilizam técnicas de inteligência artificial para fabricar depoimentos e diálogos, imitando formatos televisivos e layouts de órgãos de comunicação social. A PJ explica que estes materiais incluem artigos falsos, grafismos manipulados e logótipos adulterados, destinados a dar aparência de legitimidade às alegadas oportunidades de investimento.

De acordo com a Polícia Judiciária, o objetivo central dos burlões é levar as vítimas a realizar depósitos ou transferências para contas controladas pelos grupos criminosos. As autoridades têm recebido denúncias de perdas financeiras significativas, muitas delas reportadas apenas depois de efetuadas operações bancárias ou partilhados dados pessoais sensíveis.

A PJ recomenda à população que mantenha vigilância reforçada perante vídeos que prometam lucros rápidos e garantidos, conteúdos que simulem reportagens sobre investimentos ou mensagens que solicitem depósitos imediatos. A instituição aconselha igualmente a verificação da autenticidade das fontes antes de qualquer decisão financeira e a denúncia imediata de publicações suspeitas.

Num aviso final, a Polícia Judiciária reitera que estes vídeos não correspondem a qualquer comunicação oficial e constituem um mecanismo de burla sofisticado. A colaboração do público é considerada essencial para prevenir novas vítimas e apoiar a repressão deste tipo de crime.