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O projeto, intitulado “Cesária Évora, Voix d’un peuple – Musiques du Cap-Vert, Patrimoines Vivants”, conta com o envolvimento do Governo cabo-verdiano e resulta de uma parceria com a Associação Les Arts Voyagent, que apresentou a proposta ao ministro Augusto Veiga.

A exposição centrar-se-á na figura de Cesária Évora e no papel da morna, reconhecida como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, enquanto veículo de emoções universais: a saudade, a dor da partida e a esperança do regresso.

Emilie Silva, presidente da Associação Les Arts Voyagent, lidera o projeto e acolheu o desafio lançado pelo MCIC para concretizar esta homenagem no palco da organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura. A escolha da UNESCO como anfitriã reforça o reconhecimento internacional da cantora cabo-verdiana, falecida em 2010, cuja voz continua a ecoar como símbolo da identidade e da cultura do arquipélago atlântico.

O ministro Augusto Veiga recebeu hoje a responsável da associação francesa para discutir os contornos do projeto, que deverá mobilizar parceiros nacionais e internacionais. A exposição visa mostrar ao público francês e internacional a dimensão artística e cultural de Cesária Évora, figura que transcendeu fronteiras e géneros musicais.

A morna, género musical que consagrou a Diva dos Pés Descalços, permitiu à cantora levar a alma cabo-verdiana aos quatro cantos do planeta. Mesmo 15 anos após a sua morte, Cesária Évora permanece uma referência incontornável da música lusófona e africana.

A Associação Les Arts Voyagent, fundada em 2023, dedica-se à promoção de obras artísticas e culturais, com particular enfoque no continente africano. A organização desenvolve projetos a nível nacional e internacional, procurando dar visibilidade a criadores e expressões culturais africanas.