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O governante sublinhou que a inteligência artificial é hoje um eixo estruturante da agenda de transformação digital do país, porque garante competitividade, inclusão, resiliência e soberania digital. Pedro Lopes explicou que, apesar dos recursos limitados e da vulnerabilidade a choques externos, Cabo Verde dispõe de um “capital humano extraordinário, uma diáspora ativa e uma juventude que acredita no poder do conhecimento”.

É neste contexto que o secretário de Estado destacou que a inteligência artificial deve ser encarada com entusiasmo e não com receio, pois tem o poder de ampliar o acesso à educação, saúde, justiça e cultura, além de reforçar a participação democrática. Sublinhou ainda que nenhuma ilha ou município pode ficar para trás por falta de conectividade ou competências, defendendo a atualização contínua dos currículos escolares para incluir inteligência artificial, ciência de dados e ética digital.

Ainda na sua intervenção, Pedro Lopes reforçou a importância da cooperação académica e da ligação entre universidades e empresas, para que o conhecimento científico chegue ao mercado e responda aos desafios reais do país. Entre as áreas prioritárias de aplicação da inteligência artificial, apontou a gestão da água, agricultura inteligente, saúde pública, alterações climáticas, energia, mobilidade, turismo e economia azul.

O governante defendeu que a ética e a responsabilidade devem acompanhar este processo, com regras claras que previnam abusos e assegurem o respeito pelos direitos fundamentais, garantindo que a inteligência artificial seja uma ferramenta ao serviço da ciência e do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde.