Quarta-feira, 24 Setembro 2025

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Novo Pontão de Santa Maria será moderno e resiliente, diz PM

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, presidiu ontem, 16, a cerimónia de assinatura do contrato de reconstrução do emblemático Pontão de Santa Maria, na ilha do Sal. A nova infraestrutura, que representa um investimento de 8,9 milhões de euros, será “moderna, segura e resiliente”, disse o chefe do Governo. 

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“Este é mais do que um projeto de infraestrutura: é um símbolo do Sal, da sua história e da identidade de Cabo Verde”, afirmou o chefe do Executivo cabo-verdiano durante a cerimónia. Segundo Correia e Silva, a decisão foi de reconstruir completamente a estrutura, em vez de apenas requalificar, para se criar “uma obra moderna, segura e resiliente”.

O novo pontão será significativamente ampliado, passando dos atuais 50 metros para 120 metros de comprimento, enquanto a largura aumentará de 12,5 para 14 metros. Esta expansão visa proporcionar uma intervenção de engenharia robusta para evitar danos futuros e fazer do pontão um ponto central de turismo, lazer, entretenimento e cultura, apresentando uma organização espacial cuidadosamente planeada.

O projeto prevê a criação de uma área de pesca, equipada com mercado de peixe e instalações sanitárias, garantindo melhores condições para os profissionais do setor, e de uma área turística, dedicada aos desportos náuticos e a diversas atividades de lazer, promovendo a valorização do espaço e potenciando a sua atratividade para visitantes e residentes. Assim, a histórica Praça de Aninha será totalmente renovada, e o pontão contará com iluminação noturna adequada e espaços para quiosques de artesanato, garantindo vida noturna ao local.

A reconstrução do Pontão de Santa Maria conta com o apoio fundamental do Banco Mundial e da parceria com a Câmara Municipal do Sal. O Primeiro-ministro agradeceu o compromisso destes parceiros, considerando-os “fundamentais para concretizar este projeto”. Para além do setor turístico, a nova infraestrutura irá beneficiar diretamente as atividades das peixeiras, da população local e os visitantes de todo o mundo. O Governo espera um retorno significativo para a sociedade cabo-verdiana após a conclusão da obra.

“Depois da tempestade vem a bonança”, salientou Ulisses Correia e Silva, referindo-se à ansiedade da população relativamente à reconstrução, mas defendendo que “a pressa na reconstrução pode gerar maus resultados”. O prazo de execução é de 18 meses. 

O primeiro-ministro sublinhou que este projeto faz parte de uma estratégia mais ampla de diversificação turística. “Temos que oferecer muito mais do que sol e praia. À volta do sol e praia temos que oferecer também a identidade e a cultura cabo-verdiana”, disse Correia e Silva. Neste contexto, o Governo anunciou também o avanço de outros projetos complementares, como o Centro Interpretativo de Salinas de Pedra de Lume e o Museu do Sal, que já se encontram em fase preparatória para concurso.

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