Segunda-feira, 16 Junho 2025

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Nancy Vieira volta aos concertos depois da consagração nos CVMA 2025

Nancy Vieira atua nos dias 19 e 20 deste mês no Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM), acompanhada pelo violão de Fred Martins, um dos mais respeitados compositores e intérpretes da nova música popular brasileira. Serão os dois primeiros concertos após a sua consagração nos Cabo Verde Music Awards, onde, além de conquistar troféus em todas as categorias em que competia, foi distinguida com um galardão de reconhecimento pelo seu contributo para a elevação da cultura e da música cabo-verdiana além-fronteiras.

No MACAM, Nancy Vieira vai cantar o seu mais recente disco – Esperança -, mas foi um outro álbum, Gente, que lhe deu quatro prémios na 14ª edição dos CVMA. “O Carlos Andrade pediu que não disséssemos isso, mas eu não estava mesmo à espera. Achei que os prémios seriam distribuídos entre os nomeados”, diz Nancy Vieira ao Voz do Archipelago. Mas, o facto é que arrecadou os troféus para Música Tradicional do Ano (Praia Maria), Morna Do Ano (Dona Morna), Melhor Intérprete Feminina (Sol Di Nha Vida) e Álbum do Ano (Gente).

Isso “é prova de que os CVMA valorizam a música tradicional”, afirma a cantora que, entretanto, frisa a “liberdade” com que se faz música em Cabo Verde e que se viu refletida na diversidade de estilos presentes no certame: “A música de Cabo Verde é livre e nos CVMA 2025 tivemos géneros tradicionais, e ritmos mais modernos, pois, assim como o país, a nossa música evoluiu com a liberdade”.

Essa liberdade foi conquistada no ano em que Nancy Vieira, com a declaração da independência de Cabo Verde. “Desde sempre, 1975 soava como música para os meus ouvidos e fui aprendendo o que significou o 5 de julho e cresceu o meu orgulho de ter nascido nesse ano que mudou Cabo Verde”, conta Nancy Vieira, que, na gala dos CVMA cantou ao lado de Nelson Freitas e Lura, também nascidos no ano em que Cabo Verde se tornou país independente.

“Cantámos músicas uns dos outros. Foi surpreendente, e emocionante, e adorei”, declara Nancy Vieira, que também cantou com Lura e Nelson Freitas um medley feito de canções imortais como “Cabral Ca Mori” e “Porton di nos Ilha”, formando um trio chamado Geração 75 e que, num gesto surpresa durante a gala, foi homenageada pelos CVMA e Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas.

“A geração de 75 realmente tem feito um grande trabalho de levar a nossa música e a nossa cultura além-fronteiras. O Governo de Cabo Verde, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, quer dar-vos parabéns e dar parabéns a todos da geração de músicos que tem contribuído para a elevação da cultura e da música de Cabo Verde”, disse Augusto Veiga, ao colocar o galardão nas mãos dos homenageados.

 

 

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