
Faleceu hoje, 8, na cidade da Praia, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, José Filomeno Monteiro. A informação foi confirmada por fonte familiar. O diplomata tinha deixado o Governo em outubro passado por razões de saúde.
Natural da Cidade da Praia, Ilha de Santiago, José Filomeno de Carvalho Dias Monteiro foi um diplomata de carreira com uma extensa trajetória ao serviço de Cabo Verde. Exerceu o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional de 9 de outubro de 2024 a 29 de outubro de 2025.
Ao longo da sua carreira diplomática, Monteiro representou Cabo Verde em importantes postos internacionais. Foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário no Reino da Bélgica, no Reino dos Países Baixos e na Hungria, além de ter sido Representante Permanente junto à União Europeia entre 2016 e 2024, um dos postos considerados mais importantes e prioritários para o país. Entre 1993 e 2000, desempenhou funções como Cônsul-Geral em Hong Kong.
Para além da diplomacia, José Filomeno Monteiro teve uma carreira parlamentar significativa. Foi Deputado da Nação de 2001 a 2006 e de 2011 a 2016, eleito na lista do Movimento para a Democracia (MpD) pela ilha de Santiago. Durante esses mandatos, presidiu à Comissão de Relações Externas, Cooperação e Comunidades.
O Governo cabo-verdiano manifestou profundo pesar pelo falecimento do ex-ministro, destacando a sua dedicação ao serviço público e o relevante contributo para o país. Em nota oficial, foi expressa sincera solidariedade à família, aos amigos e a todos aqueles que o acompanharam ao longo da sua vida.
O Primeiro-Ministro prestou também homenagem ao diplomata, descrevendo-o como “homem de Estado, presente e ativo em todas as fases marcantes da vida nacional: a luta pela independência, o combate pela liberdade e democracia e afirmação de Cabo Verde no concerto das nações”. Numa mensagem emotiva, o chefe do Governo afirmou: “Deus deu-nos o privilégio de ter José Filomeno entre nós. Que descanse em paz.”
José Filomeno Monteiro deixa um legado de serviço público e compromisso com a afirmação internacional de Cabo Verde. A sua trajetória, desde os primeiros tempos da independência até aos mais recentes desafios diplomáticos do país, marca-o como uma figura central na história contemporânea cabo-verdiana.












































