Sábado, 18 Outubro 2025

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Ministro da Saúde anuncia Programa de Coordenação Centralizada entre Cabo Verde e a Diáspora

No terceiro dia do Congresso Internacional de Quadros Cabo-verdianos, realizado esta quinta-feira, 17 de outubro, o ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, participou no Painel III sobre “Desafios Atuais do Setor da Saúde”, onde anunciou a criação de um Programa de Coordenação Centralizada que abrange todo o país e a diáspora cabo-verdiana, estabelecendo um mecanismo estruturado de colaboração entre profissionais de saúde no exterior e o sistema nacional.

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“É importante que nós, em Cabo Verde, estejamos abertos a essa participação. A forma como temos absorvido essa intenção da diáspora tem que ser mais aberta e mais flexível”, afirmou Jorge Figueiredo, destacando que a saúde mental é o eixo central do programa, em consonância com o que diz a Organização Mundial da Saúde, devendo os programas beneficiar também a diáspora cabo-verdiana, já que o Ministério da Saúde reconhece os desafios específicos dos emigrantes relacionados com identidade cultural, integração e distância da terra natal.

O ministro da Saúde defendeu na sua intervenção uma intervenção holística, que envolva educação, ação social, família e instituições religiosas, citando o exemplo de Marrocos, onde as intervenções começam ainda durante a gravidez, e revelou planos para formar especialistas, destacando um programa de oftalmologia em parceria com professores catedráticos dos Estados Unidos, Itália, França e Portugal, visando formar 12 oftalmologistas especializados em quatro anos.

Relativamente às missões médicas, defendeu a criação de um “espaço de diálogo permanente” para melhor coordenar intervenções e reduzir evacuações médicas para Portugal. “Só o facto de estarmos aqui significa que há vontade da diáspora de participar, e é um direito participar no desenvolvimento deste país”, afirmou o ministro, reforçando que o governo está “absolutamente aberto e convencido de que só juntos é que vamos construir um caminho”.

Ao criar mecanismos formais de colaboração e incluir programas de saúde mental que beneficiam também os emigrantes, o governo diz “reconhecer a diáspora como parceira estratégica no desenvolvimento nacional”. Segundo Figueiredo, esta iniciativa, aliada aos planos de formação de especialistas e coordenação de missões médicas, “promete transformar o sistema de saúde do arquipélago e garantir que os profissionais cabo-verdianos, onde quer que estejam, possam contribuir efetivamente para o bem-estar da nação”.

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