
O Ministério da Saúde entregou 30 computadores de secretária, 30 monitores e um computador portátil às unidades de saúde e serviços centrais responsáveis pelo registo e análise da mortalidade, no âmbito do projeto “Melhorar a Certificação e Notificação de Causas de Morte em Cabo Verde”. Trata-se de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que conta com o financiamento da Cooperação Portuguesa.
O ministro da saúde, Jorge Figueiredo, apresentou o projeto como um compromisso essencial com a transparência e dignidade humana, bem como, da importância de estabelecer metas claras para os próximos 12 meses.
“Quando conhecemos com rigor as causas da morte, designadamente, onde, quando e porquê acontecem, estaremos sempre em melhores condições para prevenir doenças, priorizar investimentos, orientar a formação dos profissionais de saúde, planear serviços de saúde e, consequentemente, salvar mais vidas”, declarou o governante durante a formalização da entrega dos equipamentos.
O projeto baseia-se na convicção de que as decisões públicas responsáveis exigem evidência de qualidade, segundo o ministro. A iniciativa pretende reforçar a capacidade de registo, certificação e análise das causas de morte, apoiada no sistema DHIS-2 e na implementação da classificação internacional de doenças, em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O investimento visa agilizar o trabalho clínico e estatístico, reduzir os tempos de processamento, aumentar a qualidade dos registos e favorecer a interoperabilidade entre sistemas. Nas palavras de Jorge Figueiredo, o ministério espera que os novos equipamentos e a atualização tecnológica em curso proporcionem maior viabilidade e atualidade dos dados, com a redução significativa de omissões, inconsistências e atrasos.
A medida incluirá formação contínua das equipas para o correto preenchimento do atestado de óbito, codificação do CID-11 e utilização do DHIS2. O projeto será acompanhado de boas práticas de governação de dados, proteção de dados pessoais, perfis de acesso por função, auditorias e manual de procedimentos.
O objetivo final é garantir segurança, confidencialidade e ética, assegurando simultaneamente a interoperabilidade com os módulos do DHIS2 e, progressivamente, com o registo civil, permitindo trajetórias de dados mais completas e úteis para a saúde pública. Esta modernização permitirá decisões mais bem informadas, com base em relatórios periódicos com indicadores que fazem diferença na vida das pessoas, conforme explica Jorge Figueiredo.
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