O governo de Cabo Verde comprometeu-se a disponibilizar cerca de 9 mil contos para a conclusão das obras do Mercado de Peixe da cidade do Porto Inglês, na ilha do Maio, através de um acordo institucional firmado no domingo, dia 21, entre o executivo e a câmara municipal maiense, numa cerimónia presidida pelo ministro do Mar, Jorge Santos.
A assinatura do contrato programa marcou o último momento da deslocação oficial de Santos à ilha, selando uma parceria estratégica para o desenvolvimento do setor piscatório na região. Os recursos financeiros necessários serão disponibilizados através de dois instrumentos governamentais: o Fundo Autónomo de Pescas e o Fundo do Turismo. O montante será canalizado para diversas vertentes do projeto, incluindo os remates de obras no interior e exterior do edifício, a montagem de equipamentos técnicos especializados e a implementação de infraestruturas de refrigeração.
Adicionalmente, o orçamento contempla a aquisição e instalação de mobiliário essencial para garantir o funcionamento adequado da infraestrutura, transformando-a numa unidade operacional completa e preparada para servir a comunidade piscatória. De acordo com o calendário previsto, o arranque dos trabalhos está agendado para janeiro de 2026, com a expectativa de que a empreitada fique concluída num período de seis meses. Esta infraestrutura pretende elevar os padrões de qualidade na gestão do pescado, proporcionando à ilha do Maio um equipamento contemporâneo e funcional.
O projeto responde às necessidades específicas do setor, visando melhorar toda a cadeia de valor associada à atividade pesqueira e impulsionar a economia local através de melhores condições para comercialização dos produtos do mar.
Durante a sua permanência na ilha, Jorge Santos reuniu-se ainda com representantes da Fundação Maio Biodiversidade para abordar a problemática da areia resultante das operações de dragagem no porto insular. A solução encontrada prevê a relocação do material em conformidade com as orientações técnicas da Direção Nacional do Ambiente (DNA) e da própria Fundação, assegurando uma abordagem ambientalmente responsável.
Com esta medida, governo quer conciliar o desenvolvimento das infraestruturas com a preservação dos ecossistemas locais, numa perspetiva de sustentabilidade a longo prazo.
