
“É necessário equilibrar o desenvolvimento da tecnologia com os direitos e garantias dos cidadãos, para aproveitar o desenvolvimento tecnológico do mundo digital, e, simultaneamente, proteger os cidadãos, as comunidades e a democracia”, afirmou o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, em declarações à imprensa, à margem da abertura da Conferência Regional sobre a Integridade da Informação na África Ocidental e no Sahel, que decorre na cidade da Praia.
Lourenço Lopes destacou a importância da literacia digital, e afirmou que esta deve permitir aos cidadãos “destrinçar aquilo que é verdadeiro do falso” e tornar-se um ator ativo do ponto de vista do mundo digital. O governante defendeu que os Estados têm a responsabilidade de proteger os cidadãos da desinformação e das notícias falsas. “Nós temos que permitir que os cidadãos tenham acesso à informação de qualidade, mas também a uma informação que seja real”, afirmou Lourenço Lopes.
“O combate à desinformação é uma tarefa coletiva”
O governante enfatizou que o combate à desinformação e às notícias falsas não é uma tarefa só de Cabo Verde, mas “uma tarefa coletiva que exige o esforço dos profissionais da comunicação social, dos governos, das comunidades e dos organismos internacionais”.
Considerou ainda que Cabo Verde, “com a experiência de cidadania, de democracia, de um país aberto ao mundo, pode ser um exemplo importante” para estimular debates que conduzam a sociedades pacíficas e democráticas.
O Secretário de Estado fez questão de diferenciar os média formais, como as rádios, as televisões, os jornais, dos diferentes canais digitais, e defendeu que “uma boa imprensa, uma imprensa que escrutina, que denuncia pode auxiliar no reforço da democracia e na própria governação do país”.
Reiterou ainda que o Governo de Cabo Verde pretende “continuar a reforçar a liberdade de imprensa para que o país continue a ser uma referência de democracia em África e no mundo”, concluiu.
Na oportunidade, Lourenço Lopes, garantiu que a Conferência Regional sobre a Integridade da Informação, na África Ocidental e no Sahel tem como principais objetivos a projeção de um quadro estratégico para a integridade da informação e a criação de um “Plano de Ação da Praia” que definirá as políticas futuras sobre integridade da informação, não só em Cabo Verde, mas também na sub-região africana.
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