Quinta-feira, 04 Setembro 2025

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José Maria Neves é padrinho do programa “História Geral de África” da UNESCO

O Presidente da República, José Maria Neves foi designado padrinho do programa “História Geral de África” (HGA) da UNESCO, em reconhecimento ao seu papel como Champion da União Africana para a Preservação do Património Natural e Cultural de África. O convite foi formalizado através de uma carta da Diretora-geral da organização, Audrey Azoulay, conforme avançou o comunicado da Presidência da República.

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Segundo a mesma fonte, a escolha de José Maria Neves para esta função prestigia não apenas o chefe de Estado cabo-verdiano, mas também o próprio país, que passa agora a ter voz ativa num dos programas mais relevantes da UNESCO para o continente africano.

Na qualidade de padrinho, Neves “compromete-se a empenhar na mobilização dos líderes africanos e das diásporas, dos parceiros públicos e privados, bem como a sociedade civil, em torno do desafio essencial de uma história atualizada do continente e da sua integração nos programas escolares, em África e no mundo”, conforme especifica a carta convite assinada por Audrey Azoulay.

O programa “História Geral de África” é um projeto de alcance global iniciado em 1964 pela UNESCO com o objetivo de reescrever a história do continente africano a partir de uma perspetiva genuinamente africana. A iniciativa procura desconstruir a narrativa histórica eurocêntrica e colonialista que, durante séculos, marginalizou e distorceu a contribuição de África para a história da humanidade, lê-se no comunicado.

A obra resultante deste programa compreende uma coleção de oito volumes, criada por um comité científico composto maioritariamente por historiadores africanos. Estes especialistas utilizaram fontes e tradições orais africanas para construir uma versão mais completa, abrangente e justa da história do continente.

“José Maria Neves reforça o seu compromisso com a promoção do património e da identidade africana, alinhando a sua atuação com os objetivos estratégicos do programa da UNESCO”, destaca a mesma fonte.

A iniciativa não se limita a resgatar o passado, serve também como uma ferramenta educativa fundamental para a descolonização dos currículos escolares. De acordo com o comunicado, o programa representa ainda um instrumento essencial para a promoção de um entendimento mais profundo e respeitoso entre os povos, e contribui para uma visão mais equilibrada e inclusiva da história mundial através da perspetiva africana.

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