
O Governo japonês vai conceder a Cabo Verde uma ajuda alimentar no valor de 60,5 milhões de escudos (100 milhões de ienes) no âmbito do programa de assistência para o ano fiscal de 2025. O acordo foi assinado esta quinta-feira, 18, em cerimónia que juntou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, José Luís Livramento Brito, e o embaixador nipónico acreditado no arquipélago, Takeshi Akamatsu.
A doação traduz-se na entrega de cerca de 991 toneladas de arroz destinadas a reforçar a segurança alimentar das famílias cabo-verdianas, numa altura em que o cenário internacional enfrenta múltiplos desafios. O apoio japonês, que se repete quase anualmente desde 1980, soma já 43 anos de assistência ininterrupta ao arquipélago.
José Luís Livramento Brito sublinhou que o programa se enquadra numa cooperação “sólida, previsível e de longa data”, que tem contribuído para a resiliência económica nacional. O chefe da diplomacia cabo-verdiana destacou ainda as cinco décadas de relações bilaterais entre os dois Estados, classificando a parceria como “histórica”.
O acordo insere-se num conjunto mais vasto de projetos que unem os dois países nas áreas da água, saúde, pescas e desenvolvimento humano. Takeshi Akamatsu salientou as afinidades entre as duas nações insulares, que partilham experiências comuns face aos desafios impostos pela geografia. O diplomata recordou que 2025 marca simultaneamente o 50º aniversário da independência cabo-verdiana e meio século de relações diplomáticas entre Tóquio e Praia.
O representante japonês explicou que a assistência vai além das necessidades alimentares imediatas. Através do Fundo de Contrapartida, os recursos gerados pelo programa financiam projetos direcionados para a erradicação da pobreza extrema e a inclusão social. No ano anterior, foram doadas 968 toneladas de arroz ao arquipélago.
A iniciativa está alinhada com a Declaração de Yokohama, adotada na nona Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD 9), realizada em Agosto passado, que enfatiza a construção de sistemas alimentares sustentáveis e o desenvolvimento da economia azul.
Fonte: Inforpress












































