
A Cabeólica inaugurou esta quinta-feira, 27, a expansão do Parque Eólico de Santiago, com um investimento de 40 milhões de euros que eleva a capacidade eólica instalada na ilha de 9,5 megawatt (MW) para 23 MW. O Banco Europeu de Investimento (BEI) financiou o projeto com garantia da União Europeia, que aumenta a participação das energias renováveis no consumo de eletricidade em Santiago de 15% para mais de 30%, o que representa um crescimento superior a 130% e um marco decisivo na transição energética de Cabo Verde.
A obra inclui a instalação do primeiro Sistema de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) do país, com capacidade de 6MW/6MWh, que reforça a segurança e a estabilidade da rede elétrica nacional.
“As novas e mais potentes turbinas eólicas e a bateria criam condições técnicas necessárias para podermos integrar mais energia renovável na nossa produção de eletricidade”, afirmou o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva no seu discurso durante a cerimónia de abertura.
O chefe do Governo reafirmou as metas nacionais: atingir 35% de penetração de energias renováveis em 2026, ultrapassar 50% em 2030 e chegar a 80% em 2040.
O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo está a finalizar novas baterias de armazenamento na Boa Vista, no Sal e em São Vicente, e está a executar parques solares em todas as ilhas. Referiu também a central de bombagem hídrica da Ribeira Grande de Santiago, que recebe apoio de 29 milhões de euros da União Europeia, 10 milhões do Luxemburgo e um empréstimo de 120 milhões do Banco Europeu de Investimento (BEI). A União Europeia mobilizou cerca de 400 milhões de euros para Cabo Verde no âmbito da estratégia Global Gateway.
O projeto permitirá uma poupança anual de quase um milhão de contos em importação de combustíveis fósseis e reduzirá mais de 50 mil toneladas de emissões de carbono por ano. A Embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Sylvie Millot, considerou o projeto “um passo essencial para a energia verde no país” e sublinhou que “a energia eólica é produzida localmente, é limpa, é mais barata e Cabo Verde tem-na em abundância”.
Sylvie Millot destacou que Cabo Verde passou de 0% de renováveis em 2010 para quase 25% atualmente e que o país está bem posicionado para superar a meta europeia de 42,5% até 2030. A cerimónia reuniu representantes do BEI, da Corporação Financeira Africana, do Banco Africano de Desenvolvimento e das empresas Vestas e Wind Power, que fornecem a componente tecnológica.













































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