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No que tange a conjuntura económica, Cabo Verde está numa posição confortável em termos de estabilidade de preços. De acordo com as projeções do Banco de Cabo Verde (BCV), as perspetivas de inflação (média a 12 meses) para 1,8% (2025) e 1,4% (2026), “abaixo dos 2%, é valor de referência para a estabilidade de preços”.

O que significa para os cabo-verdianos

De acordo com os dados do INE, esta constância inflacionária significa estabilidade no orçamento familiar, poder de compra preservado, e ambiente favorável ao investimento. Trocando por miúdos, a variação mensal nula pelo segundo mês consecutivo significa que as famílias cabo-verdianas não enfrentaram aumentos de preços nos produtos essenciais durante os meses de abril e maio, o que proporciona maior previsibilidade no planeamento das despesas domésticas.

Com uma inflação de 1,8% nos últimos 12 meses, o poder de compra das famílias mantém-se relativamente estável. Na prática, isto significa que uma compra para as despesas familiar que custava, por exemplo, 10.000 escudos em maio de 2024, hoje custa aproximadamente 10.180 escudos, um aumento de apenas 180 escudos ao longo de um ano inteiro. Esta estabilidade de preços, por conseguinte, cria um ambiente económico mais previsível, favorável tanto para investidores nacionais como estrangeiros, contribuindo para o desenvolvimento económico sustentável do país.

As projeções do Banco de Cabo Verde apontam para uma continuação desta tendência de controlo inflacionário, com expectativas de redução para 1,4% em 2026, mantendo-se abaixo do limiar de referência dos 2% considerado ideal para a estabilidade económica. Este cenário contrasta positivamente com a tendência inflacionária de início do ano, quando a taxa de inflação em Cabo Verde aumentou para 2,10 por cento em janeiro, em comparação com 1,40 por cento em dezembro de 2024.