
O Instituto Nacional de Estatística (INE) realizou na manhã de hoje, 23, a apresentação pública da nova versão da Classificação das Atividades Económicas de Cabo Verde, a CAE-CV 2. A atualização visa alinhar a estrutura da classificação em conformidade com a economia do país, alinhar Cabo Verde com os padrões estatísticos internacionais, e melhorar a qualidade dos dados estatísticos oficiais.
A CAE-CV 2, que substitui a versão de 2008, foi desenvolvida de forma técnica e participativa, com validação nacional, e contempla reestruturações significativas nas secções, divisões e classes, incluindo notas explicativas mais objetivas e categorias emergentes adaptadas à realidade cabo-verdiana.
Esta nova versão será utilizada pelo Sistema Estatístico Nacional, ministérios, empresas, universidades e consultores, sendo considerada um instrumento vital para garantir a produção de estatísticas fiáveis e internacionalmente comparáveis. Trata-se de uma ferramenta fundamental para compreender de forma mais fiel a realidade económica, facilitar a análise de dados, bem como, permitir uma maior articulação entre a produção estatística, o planeamento público e privada.
O presidente do Instituto Nacional de Estatísticas, João de Pina Cardoso, sublinhou que a nova classificação responde ao dinamismo da economia cabo-verdiana, marcada pela inovação nos negócios, crescimento do turismo e serviços formais. “É fundamental termos uma ferramenta estatística que reflita com precisão a realidade atual e que facilite o planeamento público e privado”, acrescentou.
Durante o evento, o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em Cabo Verde, David Matern, que presidiu a abertura do evento, destacou a importância desta revisão como ferramenta essencial para distinguir os setores económicos e apoiar políticas públicas baseadas em dados concretos.
“A classificação assegura uma compreensão mais clara da economia, promove análises comparativas internacionais e fortalece o ecossistema de dados”, afirmou.
Destacou ainda que a nova classificação permitirá uma melhor análise comparativa com outras economias, além de contribuir para o desenvolvimento de políticas baseadas em evidências, em alinhamento com a Agenda 2030 das Nações Unidas. “Estamos certos de que, com esta atualização, sairemos mais preparados para desenhar programas de desenvolvimento mais eficazes e alinhados às reais necessidades do país”, concluiu.
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