Sábado, 26 Julho 2025

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INE: 6,7% da população cabo-verdiana nunca frequentou a escola

Cerca de 6,7% da população cabo-verdiana com quatro ou mais anos de idade nunca frequentou qualquer estabelecimento de ensino, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao ano de 2024. O estudo, baseado numa amostra de 9.918 agregados familiares dos 22 concelhos do país, revela ainda que, entre os indivíduos que tiveram acesso à educação formal, 39,0% frequentaram o ensino básico e apenas 8,9% atingiram ou estavam a frequentar o ensino superior.

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A análise aponta para disparidades significativas entre o meio urbano e rural, com maior escolarização nas áreas urbanas. A taxa de alfabetização da população com 15 ou mais anos foi de 88,5% a nível nacional, com valores mais elevados no meio urbano (90,1%) do que no meio rural (83,5%).

Em termos de género, o relatório indica que 10,4% das mulheres frequentaram ou estavam no ensino superior, contra 7,5% dos homens. Já o número médio de anos de escolaridade da população com seis ou mais anos foi de 8,0 anos, com as mulheres a registarem 8,1 anos e os homens 7,8 anos. Entre os jovens dos 15 aos 24 anos, os valores sobem para 10,5 anos para as mulheres e 9,5 anos para os homens.

O estudo mostra também uma ligeira redução no tamanho médio dos agregados familiares, que passou de 3,4 pessoas em 2023 para 3,3 em 2024, apesar de um pequeno aumento no número total de agregados, que subiu de 155.534 para 155.732 no mesmo período.

A ilha de Santiago continua a concentrar a maior parte da população nacional (55,7%), sendo que o concelho da Praia representa 30,1% da população total do país. Por outro lado, a ilha da Brava mantém-se como a menos populosa, com apenas 1,1% da população.

Relativamente às condições habitacionais, 99,1% dos agregados familiares vivem em alojamentos familiares clássicos, sendo a maioria (72,1%) em moradias independentes e 27,0% em apartamentos. Apenas 0,9% vivem em alojamentos não clássicos, como barracas, estruturas improvisadas ou móveis.

Estes dados revelam progressos, mas também desafios persistentes no acesso à educação e nas condições de vida, sobretudo em áreas rurais e menos povoadas, sublinhando a importância de políticas públicas focadas na equidade territorial e no desenvolvimento humano.

Fonte: Inforpress

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