
A Fundação Calouste Gulbenkian vai investir cerca de 900 mil euros (99,2 mil contos), ao longo dos próximos três anos, no apoio a projetos de investigação clínica em Cabo Verde e Moçambique, no âmbito do concurso “Mais Investigação”, anunciou hoje, 19, a instituição.
De acordo com um comunicado da Fundação, os Projetos abrangem áreas prioritárias da saúde, como infeções bacterianas, resistência aos antibióticos, diagnóstico de doenças hematológicas graves e diagnóstico precoce da insuficiência cardíaca, estando o financiamento direcionado a investigadores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Em Cabo Verde, o apoio será canalizado para dois projetos sediados no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), na Praia. Um deles, o “Prepara-m.CV”, liderado pela investigadora Isabel Araújo, da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), tem como objetivo otimizar a prescrição de antibióticos na pediatria através de diagnósticos rápidos, contribuindo para o combate à resistência bacteriana.
O segundo projeto, denominado “HemaPro-CV” e coordenado por Pamela Borges, aposta na criação de uma plataforma de diagnóstico molecular para cancros do sangue, como leucemias e linfomas, permitindo terapias mais rápidas e direcionadas.
Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, a iniciativa pretende reforçar a qualidade e a equidade na prestação de cuidados de saúde, promovendo a integração dos investigadores destes países em redes globais de conhecimento e o fortalecimento das capacidades científicas das instituições locais.
Além das duas investigadoras cabo-verdianas, três investigadores de Moçambique vão também beneficiar do apoio da Fundação.












































