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“Tudo aquilo que conseguirmos através das vendas vai reverter para financiar o Plano Nacional de Leitura, mas também uma parte vai servir para o anúncio de novos prémios literários, financiados também por aquilo que nós conseguirmos aqui na feira”, declarou o ministro.

Augusto Veiga expressou satisfação com os resultados alcançados, sublinhando tanto a resposta do público quanto o desempenho comercial do evento. Durante os dez dias de funcionamento, a feira registou aproximadamente quatro mil visitantes e comercializou mais de 15 mil exemplares, números que o ministro classificou como “muito positivos”. O evento contou com a participação de 20 editoras e instituições do setor, com desconto em mais de 25 mil títulos.

No que tange à mudança da data do evento para julho, o governante explica que teve como objetivo fazer a feira coincidir com as celebrações do cinquentenário da independência nacional, estratégia que se revelou acertada, segundo Veiga. Conforme o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, o crescimento da feira refletiu-se também no aumento do número de participantes, com cerca de 33 stands, quase o dobro em relação à edição anterior. A feira contou com uma programação diversificada que incluiu apresentações de obras tanto de novos talentos como de autores consagrados da literatura cabo-verdiana.

Esta edição prestou tributo à escritora Dina Salústio, reconhecendo o seu papel fundamental no desenvolvimento da literatura nacional e na promoção do livro no país. Com o tema “O processo de Cabo Verde, 50 anos após a Independência: Diálogos literários antes e depois da Independência”, a feira recebeu personalidades como Germano Almeida, contador de estórias cabo-verdiano, e a escritora portuguesa Luísa Sobral.