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A proposta prevê um subsídio de 9.500 escudos para recrutas, 14.250 escudos para soldados e 19.000 escudos para segundo cabo. Conforme a explicação da ministra, esta medida surge no âmbito de uma estratégia mais ampla para tornar o serviço militar mais atrativo para os jovens cabo-verdianos.

“A partir do próximo ano, vamos aumentar o subsídio que é atribuído às praças, que neste momento é um valor quase que ínfimo, para que possamos ficar num teto máximo, variado entre os três níveis, até 19 mil escudos”, afirmou Janine Lélis.

A ministra explica que o estudo foi realizado através de consultas e entrevistas para determinar o nível de responsabilidade de cada instituição no processo de recrutamento. O objetivo é receber contributos de todos os operadores e instituições envolvidas, incluindo o setor da saúde, câmaras municipais e serviços da justiça. Segundo a mesma fonte, paralelamente, o Governo lança também uma campanha para mostrar as vantagens do serviço militar obrigatório e atrair jovens para este regime. As medidas incluem a reformulação do Programa Sociedade Cidadão e o reforço das parcerias internacionais para aumentar o número de vagas nas academias militares.

“Promovemos uma reflexão sobre o serviço militar obrigatório, esta reflexão concluiu pela necessidade e importância da manutenção do serviço militar obrigatório, tendo em conta a necessidade da existência das Forças Armadas em Cabo Verde”, sublinhou a ministra.

A apresentação do estudo preliminar, segundo Janine Lélis, visa também fazer uma “pedagogia”, com todas as instituições que têm responsabilidade nesta matéria, procurando envolver diferentes setores da sociedade no processo de recrutamento militar. O Governo pretende ainda potenciar perspetivas de desenvolvimento e carreira para os jovens militares, numa estratégia que visa não só o reforço das Forças Armadas, mas também o aproveitamento do serviço militar como ferramenta de formação e integração social.