Freskinhe Freskinhe

Na Escola de Pedra Rolada, a situação é particularmente difícil. O portão foi levado pelas enxurradas e a vedação está degradada, o que permite que jovens entrem livremente no recinto durante as aulas. Segundo a mesma fonte, em setembro, houve uma tentativa de assalto à cantina que acabou em vandalismo, com fechaduras arrombadas e salas danificadas. A responsável Patrícia Silva lamenta a ausência de vigilância que deixa a escola completamente exposta.

Problemas semelhantes repetem-se noutras escolas da ilha. Em Chã de Marinha, registam-se vários furtos. Na Ribeirinha, as escolas Luís Morais e Juvino Santos continuam sem vedação desde a tempestade, e esta última sofre invasões para roubo de alimentos. Igualmente a Escola Padre Cristiano Rodrigues, em Chã de Alecrim, foi assaltada três vezes só no início do ano letivo. “Fico em casa à espera de um telefonema a dizer que aconteceu alguma coisa”, confessa Fattú Djakité, artista e mãe de duas crianças que frequentam a escola.

O delegado da Educação em São Vicente, Jorge da Luz, reconhece as dificuldades, mas garante que as escolas “são seguras, de um modo geral”. Explica que as obras em Chã de Marinha foram adiadas por causa da tempestade, mas devem começar em breve, e que estão a trabalhar com parceiros para construir novos muros em várias escolas.

Quanto à falta de pessoal, Jorge da Luz adianta que há conversações avançadas para reforçar o número de guardas e contínuos nas escolas, embora sem data definida. O responsável apela ainda à colaboração da comunidade para ajudar a proteger os estabelecimentos de ensino.

Enquanto aguardam soluções, escolas e famílias mantêm-se em alerta, numa situação que exige resposta urgente das autoridades.

Fonte: Inforpress