A atriz Camila Pitanga declarou ontem, no Primeiro Fórum Internacional Mulher e os Desafios do Desenvolvimento, que aconteceu na cidade da Praia, que “o poder da luta das mulheres está na coletividade”. Sem isso, afirmou, as mulheres não conseguiram alcançar os lugares de decisão nos media e mudar a linguagem e representação da mulher na televisão e no cinema.
“As mulheres estão em todos os lugares, mas nem sempre ocupando os espaços que lhe são devidos”, disse Camila Pitanga na comunicação que fez enquanto oradora do painel “Media e Representatividade Feminina”, frisando que, no Brasil, essa ausência é ainda mais gritante quando se fala de cargos de liderança e de mulheres negras, nomeadamente no setor audiovisual.
Embaixadora da ONU Mulheres, a atriz afirmou que o problema não se limita à fraca presença de mulheres negras nas telas. “É que há poucas no comando das grandes produções”, daí que defende a adoção de políticas de fomento de formação e, sobretudo, união entre as mulheres a favor dos seus direitos e citou como exemplo a 1ª Marcha das Mulheres Negras, realizada em 2015 e que reuniu cerca de 100 mil mulheres negras de todo o Brasil, em protesto contra o racismo e a violência, e em defesa do bem viver e da cidadania plena das mulheres negras.
Atriz, apresentadora e ativista brasileira, Camila Pitanga teve como companheiras de painel duas jornalistas, a cabo-verdiana Margarida Fontes e a portuguesa Marta Lança. Uma das duas convidadas brasileiras do Fórum Mulher, costuma usar a sua visibilidade para amplificar causas sociais, especialmente aquelas relacionadas com os direitos das mulheres, atuando na consciencialização sobre violência de género e equidade racial.
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