
O Primeiro Fórum Internacional “Mulher e os Desafios do Desenvolvimento” presta hoje, 29, uma homenagem especial a 50 mulheres cabo-verdianas que se destacaram nos primeiros 50 anos de independência do país. A cerimónia antecede o evento principal, que acontece amanhã, 30, na cidade da Praia, sob o lema “Mais Participação, Melhor Futuro”.
A iniciativa surge num momento simbólico para Cabo Verde, coincidindo com três marcos históricos importantes: os 50 anos da independência nacional, os 50 anos de presença das Nações Unidas no arquipélago e os 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial sobre a Mulher, conhecida como Declaração de Pequim.
Reconhecimento em 22 áreas de atuação
As 50 mulheres homenageadas foram selecionadas através de critérios pré-definidos e que constam de um regulamento, representando diversas áreas fundamentais para o desenvolvimento do país. O reconhecimento abrange setores como Literatura e Cultura, Política, Ciência, Desporto, Empreendedorismo, Diplomacia, Educação, Saúde, Justiça e Comunicação Social.
A lista inclui ainda mulheres que se destacaram em áreas tradicionalmente dominadas pelo género masculino, bem como em setores específicos como Cinema, Música, Dança, Pesca, Agricultura, Poder Local, Biomedicina e Sociolinguística, demonstrando a diversidade e amplitude da contribuição feminina para o desenvolvimento cabo-verdiano.
A cerimónia especial acontece amanhã à tarde (16h00), no Centro de Convenções da Universidade de Cabo Verde, Campus do Palmarejo, cidade da Praia.
Cinco décadas de contribuição feminina
Ao longo dos 50 anos de independência, as mulheres cabo-verdianas desempenharam um papel fundamental na construção e transformação do país. Na educação, lideraram processos de alfabetização e formação, contribuindo para que Cabo Verde alcançasse uma das maiores taxas de literacia da África Ocidental.
Na saúde, profissionais femininas foram pioneiras no desenvolvimento dos cuidados de saúde primários e na redução da mortalidade materno-infantil. No empreendedorismo, muitas mulheres tornaram-se pilares da economia familiar e comunitária, desde o pequeno comércio às indústrias criativas.
Na política, quebraram barreiras históricas, ocupando cargos de liderança no parlamento, governo e poder local, enquanto na cultura e nas artes, preservaram e projetaram a identidade cabo-verdiana através da música, literatura e tradições orais.
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