A cidade do Mindelo recebe este sábado, 21, a final do Campeonato Nacional de Futebol de Cabo Verde, com o Estádio Adérito Sena como palco do aguardado confronto entre Boavista da Praia e Palmeira do Sal. Os treinadores das duas formações, Edvaldo Cardoso (Boavista) e Toca Leite (Palmeira), partilham as suas expectativas para a final, antevendo um jogo renhido.
Campeão em título e apontado como favorito, o Boavista entrará em campo com a ambição de revalidar o troféu. Questionado sobre a pressão de manter a hegemonia nacional, o treinador Edvaldo Cardoso reconhece a dificuldade do desafio.
“Somos os atuais campeões e vamos fazer de tudo para assim nos mantermos. Não vai ser nada fácil, pela frente teremos uma excelente equipa, que vem dominando o futebol a nível nacional. Falamos de uma equipa que já venceu tudo que disputou até agora nesta época. Vamos com tudo para tentar ultrapassar o adversário e renovar o título”, declara Edvaldo Cardoso.
O técnico boavistense destaca ainda a atenção aos detalhes como fator decisivo na preparação da equipa: “Para a nossa equipa todos os detalhes são fatores-chave. Tudo deve ter a devida e igual atenção, porque acreditamos que qualquer detalhe pode fazer a diferença. Penso que vai ser um excelente jogo a todos os níveis.”
Do outro lado, a Palmeira regressa a uma final nacional apenas dois anos após a última conquista. O técnico Toca Leite valoriza o percurso sustentado do clube e recusa o rótulo de “não favorito”.
“Desde a última conquista, a Palmeira continuou o seu trabalho com os pés bem assentes no chão e com o objetivo de estar em grandes palcos e grandes decisões a nível nacional. Felizmente temos conseguido, com muita organização e trabalho, desde a direção até aos apanha-bolas, e com apoio dos nossos adeptos”, afirma Toca Lima.
Para o treinador do Palmeira, “não há favoritos. São duas boas equipas que estão a fazer uma boa época a nível regional e nacional. É um jogo 50%-50%. São as duas últimas campeãs nacionais. Uma venceu a Supertaça desta época, outra venceu a Taça. E em menos de um ano defrontaram-se três vezes, com três empates: 0-0, 1-1 e 2-2. Desta vez, uma terá de vencer, e espero que seja a Palmeira.”
Confiante, mas consciente dos desafios, o treinador salense acredita que o jogo será decidido por pormenores: “As duas equipas conhecem-se bem. São dois conjuntos com jogadores experientes. Esta final será decidida por pormenores quem estiver mais concentrado, errar menos e for mais eficaz estará mais próxima do sucesso. Com certeza, será um jogo aberto, com duas equipas à procura da vitória.”
Para alcançar a decisão, o Boavista da Praia eliminou o Paulense, vencendo por 2-1 no Estádio da Várzea, após o empate (2-2) na primeira mão, disputada na cidade da Ponta do Sol, em Santo Antão.
Já a Palmeira do Sal confirmou o apuramento ao vencer o Sanjoanenses por 1-0 no Estádio Marcelo Leitão, nos Espargos. Depois do empate na primeira mão, em Santo Antão, a formação salense garantiu assim a sua segunda presença numa final nacional nos últimos três anos.
O encontro decisivo está agendado para as 15h30 deste sábado, 21 de junho, no Estádio Adérito Sena. Frente a frente estarão duas equipas com ambição, história recente de conquistas e uma rivalidade crescente alimentada por duelos equilibrados. Só uma sairá campeã nacional de 2024/2025.
Nota da Redação
Esta notícia foi produzida com a colaboração da estagiária Any Gomes.
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