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Cabo Verde havia sido selecionado pelo MCC em dezembro de 2023 para avançar com a preparação do compacto, tendo o Governo definido como prioridades a melhoria da conectividade inter-ilhas, internacional e intermodal, bem como o reforço da conectividade digital. Estas prioridades estavam alinhadas com as metas estratégicas estabelecidas no Segundo Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS II).

A decisão dos Estados Unidos insere-se no conjunto de mudanças promovidas pela nova Administração norte-americana, que assumiu funções em janeiro de 2025 e desencadeou uma profunda revisão da sua política de cooperação internacional. Este processo conduziu ao encerramento de várias agências, à reestruturação de outras e à redução significativa do portefólio de compactos do MCC, resultando no término de acordos em vigor com diversos países.

No caso de Cabo Verde, os trabalhos de preparação do compacto encontravam-se ainda em fase de desenvolvimento, pelo que o financiamento foi igualmente encerrado, com data efetiva marcada para 18 de dezembro de 2025.

Apesar da suspensão do apoio externo, o Governo de Cabo Verde assegura que os trabalhos iniciados desde 2024, incluindo estudos técnicos, projetos estruturantes e planos estratégicos, estão a ser integrados nos respetivos setores nacionais. A tutela garante que estas iniciativas continuarão a ser implementadas, uma vez que são consideradas fundamentais para reforçar a competitividade, a mobilidade e o desenvolvimento económico do país.

Na manhã desta quarta-feira, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, reuniu-se com a Embaixadora dos Estados Unidos da América em Cabo Verde, Jennifer Adams, no âmbito desta comunicação formal e para avaliação do impacto da decisão.