
A Empresa de Eletricidade de Cabo Verde (EPEC) acaba de anunciar o fim dos cortes programados de energia em Santiago. A reposição do abastecimento contínuo foi possível após a entrada em funcionamento do quarto motor da Central do Palmarejo, que permite à empresa atingir o “limiar técnico de não-corte”. O anúncio foi feito por Luís Teixeira, presidente do conselho de administração da EPEC, em conferência de imprensa.
O PCA da EPEC garantiu haver agora capacidade suficiente para assegurar o fornecimento regular à ilha. “Neste momento, já temos quatro motores em funcionamento que nos garantem o chamado limiar de não-corte”, afirmou o responsável. O gestor acrescentou que a capacidade instalada permite agora assegurar o abastecimento sem necessidade de cortes programados, admitiu, no entanto, que poderão ainda ocorrer “pequenas perturbações” até que a situação fique consolidada nas próximas semanas.
Segundo o mesmo, a retoma do fornecimento regular de energia resulta do trabalho desenvolvido pelas equipas técnicas da EPEC, com o apoio de consultores e do fabricante dos equipamentos, numa operação que contou ainda com o suporte do Governo e da distribuidora EDEC.
Três meses de cortes rotativos
Desde setembro, que a população de Santiago tem enfrentado cortes rotativos de energia, provocados por avarias técnicas e mecânicas em cinco dos seis grupos geradores da Central do Palmarejo. Entre os incidentes registados, Luís Teixeira destacou uma fuga de combustível causada por parafusos desapertados, situação que levou a EPEC a solicitar uma investigação técnica independente. O caso envolveu peritos externos, o fabricante dos equipamentos e a Polícia Judiciária.
A distribuidora EDEC já anunciou medidas de compensação para os consumidores afetados, nomeadamente descontos nas faturas de eletricidade e um sistema de resposta rápida a reclamações por danos em aparelhos elétricos.
Para as próximas semanas, a EPEC prevê reforçar ainda mais a capacidade de produção com a reparação do grupo 3, que está avariado desde 1 de setembro. “Estamos a aguardar a chegada das ferramentas, que hoje ou amanhã teremos para a recuperação do grupo 3. Estamos a falar de um trabalho muito especializado”, explicou Luís Teixeira.
O presidente do conselho de administração reconheceu os transtornos causados às famílias, empresas, estudantes e à economia da ilha durante este período, pedindo compreensão à população pelos “prejuízos e incómodo” de um período classificado como “muito difícil”.
Fonte: Inforpress













































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